Obama diz que acordo sobre abismo fiscal está próximo

Provável acordo deve elevar impostos para os mais ricos, mas não resolverá o problema do teto da dívida

João Sandrini

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WASHINGTON, – O presidente norte-americano, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que um acordo com o Congresso para evitar o “abismo fiscal” nos Estados Unidos, com aumentos tributários a partir da meia-noite, estava próximo, mas advertiu que ainda não estava completo.

 “Hoje parece que um acordo para evitar esse aumento de impostos no Ano Novo está em vista, mas ainda não está pronto”, declarou Obama em pronunciamento na Casa Branca. “Ainda há problemas para resolver, mas estamos esperançosos de que o Congresso possa fazê-lo, embora ainda não tenha feito.”

O presidente deu as declarações cercado por partidários identificados como “americanos da classe média”.

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Obama, que venceu a reeleição em novembro em parte devido à promessa de aumentar os impostos para os 2 por cento de norte-americanos mais ricos, disse que o acordo deve garantir que os impostos não aumentem para famílias de renda média.

Ele salientou que o acordo deve incluir uma extensão dos subsídios de desemprego para os desempregados a longo prazo e a extensão de créditos fiscais populares.

Obama disse que o acordo que estava sendo discutido com líderes republicanos no Congresso não deverá incluir uma solução de longo prazo para o problema da dívida do governo.

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“Minha preferência teria sido resolver todos esses problemas no contexto de um acordo mais amplo, um acordo maior, uma grande barganha, seja como queiram chamar o que resolve nossos problemas de déficit de uma maneira equilibrada e responsável”, ele disse.

“Mas com esse Congresso, seria obviamente esperar um pouco demais a essa altura. Talvez possamos fazer isso em etapas. Vamos resolver esse problema então em vários passos.”

As linhas gerais de um acordo no Senado norte-americano incluem o aumento de impostos sobre a renda para indivíduos que ganham mais de 400.000 dólares por ano e famílias que arrecadam mais do que 450.000 dólares por ano.

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Porém, um ponto vital permanece sobre por quanto tempo adiar os cortes de gastos automáticos aos programas interno e de defesa, conhecidos como “sequestro automático”. Obama destacou que um acordo sobre esses cortes de gastos tinham que incluir receita.

“Qualquer acordo que tenha que lidar com esses cortes de gastos automáticos que estão sendo ameaçados para o próximo mês, eles também têm que ser equilibrados”, ele disse.

“Isso significa que as receitas precisam fazer parte da equação no desligamento do sequestro automático, na eliminação desses cortes de gastos automáticos, assim como dos cortes de gastos.”

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O mesmo seria verdade para qualquer futuro acordo de cortes de déficit, afirmou.

Como sempre diz, Obama falou que a redução do déficit teria que seguir o princípio de não lesar os cidadãos mais velhos, os estudantes e as famílias da classe média.

“Se queremos falar sério sobre a redução de déficit e a redução da dívida, então tem que ser uma questão de sacrifício mútuo, pelo menos enquanto eu for presidente, e serei o presidente pelos próximos quatro anos”, disse.