Obama ataca plano dos republicanos, mas vê chance de evitar abismo fiscal

Oferta dos republicanos não vai longe o suficiente para evitar o "fiscal cliff" e não conseguirá reduzir o déficit do orçamento, diz presidente na primeira entrevista depois de reeleito à rede Bloomberg

Paula Barra

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SÃO PAULO – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em entrevista para a rede norte-americana Bloomberg, na tarde desta terça-feira (4), que a oferta dos republicanos para evitar o abismo fiscal não vai longe o suficiente e não conseguirá reduzir o déficit no Orçamento em US$ 4 trilhões ao longo da próxima década. 

“Nós temos o potencial de chegar a um acordo”, disse Obama na primeira entrevista realizada desde sua reeleição, em 6 de outubro. Contudo, “infelizmente, a proposta do líder da Câmara dos Deputados, John Boehner, ainda está fora do balanço”, argumentou. 

O presidente norte-americano Barack Obama e os líderes republicanos enfretam uma corrida contra o tempo para evitar um conjunto automático de aumento de impostos e corte de gastos, que entram em vigor em janeiro.

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O primeiro obstáculo ao acordo é a recusa dos republicanos em aumentar os impostos para os 2% mais ricos do país. Obama prometeu vetar qualquer plano que não envolva uma elevação dos impostos para os mais ricos: aqueles com renda superior a US$ 200 mil por ano ou US$ 250 mil para o casal. 

“Nós queremos ver as taxas elevadas, e ainda não somos capazes de chegar a algum acordo sem isso”, reforçou Obama. 

O presidente se mostrou confiante de que vai conseguir 100% de apoio nas negociações para evitar cortes de gastos automáticos e aumentos de impostos de cerca de US$ 600 bilhões, que deverão ter efeitos no início de 2013. 

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As falas de Obama vêm um dia após os representantes republicanos enviarem sua primeira contraproposta ao governo dos EUA nas negociações sobre a redução do déficit no Orçamento, o que obriga a Casa Branca a responder em menos de um mês a este plano para se evitar o abismo fiscal. Em carta enviada ao presidente, os republicanos expuseram pela primeira vez os seus números do plano: um aumento de impostos de US$ 800 bilhões, bem inferior aos US$ 1,6 trilhão em 10 anos.