O que private equity tem a ver com shopping, cinema ou restaurantes? Conheça a nova área da gestora SPX

Episódio 73 do podcast Outliers recebeu Fernando Borges e Edson Peli, sócios responsáveis pelo núcleo de private equity da SPX Capital

Clara Sodré

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A gestora SPX Capital, fundada há 12 anos e atualmente com quase R$ 80 bilhões sob administração, dispensa apresentações no mercado quando o assunto são seus fundos multimercados, de ações ou de renda fixa. Um de seus sócios-fundadores, Rogério Xavier, é um dos mais reconhecidos gestores do País. Mas uma faceta menos conhecida da casa está na sua atuação no segmento de private equity, por meio do qual investe em companhias de capital fechado.

O núcleo de private equity é relativamente novo na SPX, mas recentemente ganhou um reforço: a gestora fechou uma parceria com a Carlyle, gigante global de investimentos em empresas fechadas. E foi sobre esse assunto que Fernando Borges e Edson Peli, sócios responsáveis pela área de private equity na gestora, falaram no último episódio do podcast Outliers.

Peli conta que a SPX vinha há tempos de olho nas mudanças de mercado do private equity, seja em relação à maturidade, à liquidez ou à qualidade das empresas. O gestor conta que o novo núcleo é resultante de uma parceria com a Carlyle, por meio da qual a SPX assumiu a operação da multinacional americana no Brasil.

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“O Brasil acabou ficando pequeno para a Carlyle”, diz Peli. De acordo com o gestor, não significa que o País tenha perdido atratividade para a Carlyle. Pelo contrário. Peli reforça que muitas oportunidades relevantes foram encontradas no Brasil. Por outro lado, com o crescimento da Carlyle, os “cheques” (investimentos realizados) – que estavam por volta de US$ 200 milhões – mais do que duplicaram quando convertidos para reais, dada a alta do câmbio em comparação com 2008, quando um dólar custava cerca de R$ 2.

Com os novos cheques se aproximando de R$1 bilhão, Peli conta que os investimentos se tornaram esporádicos. Da parte da Carlyle, isso era aceitável – mas tirava o dinamismo para o time de investimentos. Já do lado da SPX, segundo o gestor, a parceria foi estratégica, já que foi firmado um acordo de cooperação.

“É muito bom para a SPX que, ao invés de começar uma operação do zero, já começou uma vertical com time, track record e ativos sob gestão”, diz.

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Borges conta que a parceria segue nas operações, troca de informações e futuras investidas, o que, em sua visão, traz diferenciais competitivos para a SPX. Um exemplo dado pelo gestor foi em relação à cogestão de investidas da gigante global, além das discussão de estratégias, posicionamento e novos negócios. “Em praticamente tudo tem um investidor de private equity por trás: comida, roupa, cinema, restaurante, lojas, shopping”, diz.

De olho no futuro, Borges conta que no cenário atual, em que o custo de capital está mais alto e o acesso ao crédito mais restrito, aumenta o número de oportunidades para investimentos em boas empresas. Ainda de acordo com o gestor, de olho nas oportunidades e na expansão desse mercado, os investidores devem olhar para as oportunidades de longo prazo para potencializar os retornos das carteiras.

O Outliers é apresentado por Samuel Ponsoni, gestor de fundos da família Selection na XP, e Carol Oliveira, coordenadora de análise de fundos da XP.

A entrevista completa e os episódios anteriores podem ser conferidos por SpotifyDeezerSpreakerApple e demais agregadores de podcasts. Além disso, o podcast também está disponível no formato de vídeo no canal da XP no Youtube.

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