O que fazer com 2.000 bitcoins? É o grande “problema” que a Finlândia precisa resolver

Segundo a Bloomberg, estas criptomoedas não poderão ser armazenadas em exchanges e terão ser mantidas fora da internet

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Finlândia está batalhando para resolver um grande “problema”: o que fazer com 2.000 bitcoins? Essa é a quantidade de moedas digitais que o governo já confiscou, mas que, segundo diretrizes das autoridades locais, não poderá ser armazenadas em exchanges.

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A maioria das moedas foram apreendidas em operações realizadas em 2016, e ao preço atual, estes bitcoins valem hoje cerca de US$ 23 milhões – que em dezembro, na máxima, chegaram ao valor total de US$ 40 milhões. Segundo a Bloomberg News, estas criptomoedas terão ser mantidas fora da internet, o que criou um grande dilema para o país. O governo se recusou a explicar como armazenou estes ativos até agora.

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As novas diretrizes, publicadas na terça-feira (20), também afirmam que as autoridades locais não podem tratar o Bitcoin nem as outras criptomoedas como dinheiro. É um ativo que, em geral, não pode ser usado ou aceito como meio de pagamento ou como investimento, diz o documento do Tesouro finlandês.

De acordo com a Bloomberg, as moedas digitais apreendidas pelo governo podem ser convertidas em euros após uma decisão judicial sobre a apropriação dos ativos se tornar vinculativa. As vendas devem ocorrer principalmente por meio de leilões públicos em vez de trocas em exchanges, que segundo o Tesouro podem ser pouco confiáveis.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.