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SÃO PAULO – Se até pouco tempo o mercado temia o futuro do Bitcoin, parece que agora todos voltaram a ficar confiantes de que a moeda tem grande poder. Nesta terça-feira (8), a criptomoeda superou os US$ 3.500 pela primeira vez na história e tem o segundo dia seguido de quebra de máxima histórica.
O Bitcoin atingiu a máxima de US$ 3.525,04 nesta manhã, antes de perder força e voltar para a casa de US$ 3.428, ficando praticamente estável. No patamar recorde, a moeda chegou a registrar ganhos de 264% no acumulado do ano. Passada a “briga” da semana passada, a moeda agora volta a ganhar adesão de investidores animados com o futuro.
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O grande temor dos investidores começa a ficar para trás, mas ainda é foco de muitas discussões dentro da comunidade. Os debates sobre a escala da moeda acabaram gerando uma “briga” entre mineradores, que levou à divisão do Bitcoin em duas moedas nas semanas passada. A principal questão é a capacidade de processamento do blockchain em um momento que a moeda passa a ser usada cada vez mais.
Uma das propostas ganhou o nome de SegWit, que moveria alguns dos dados para fora da rede principal de bitcoins buscando aumentar sua capacidade. Isso foi recebido negativamente por alguns mineradores porque isso levaria a taxas de recompensa menores para eles. Mesmo assim, os mineradores aceitaram a proposta de aumentar o tamanho do bloco e o SegWit deve ser implementado nesta terça.
“O Segwit ativa esta tarde e há muita esperança de que a rede desobstrua com taxas de transação mais baixas se tornando o novo normal”, disse Charles Hayter, CEO da empresa de dados de moeda digital britânica CryptoCompare, para a CNBC. Segundo ele, a ativação do SegWit abre um novo cenário para oportunidades na rede do Bitcoin. “Em vez do bitcoin ficar no meio de lutas internas, agora é céu azul para oportunidades no que pode ser construído”, afirmou.