Novo presidente do BNDES diz que economia brasileira está em colapso

"O principal desafio da política econômica corrente é desfazer o estrago que foi feito antes", afirmou Montezano

Estadão Conteúdo

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O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou nesta sexta-feira, 19, que a economia brasileira está em colapso por causa de erros da política econômica de governos anteriores, que levaram o Estado a “crescer demais”.

“O principal desafio da política econômica corrente é desfazer o estrago que foi feito antes”, afirmou Montezano, em discurso em cerimônia de apresentação pública aos funcionários, no auditório da sede do BNDES, no Rio. Montezano tomou posse em cerimônia na terça-feira, em Brasília.

Ao afirmar que a economia brasileira está em colapso, Montezano disse que há “30 milhões de pessoas” sem emprego, numa referência à mão de obra subutilizada na economia.

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Montezano reafirmou as cinco metas de sua gestão, já colocadas no discurso de posse, em Brasília, na terça-feira. “Explicar a caixa-preta” do BNDES será uma meta zero e os objetivos incluem acelerar a venda das participações acionárias, disse o executivo.

A carteira da BNDESPar, empresa de participações do banco, tem pouco mais de R$ 100 bilhões hoje. Montezano disse que não há meta de valores a serem vendidos, mas comparou a carteira de crédito para o setor de saneamento, de R$ 16 bilhões, com a fatia do BNDES na Petrobras, avaliada em R$ 53,4 bilhões. “Era para ser o contrário”, disse Montezano no discurso.

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Segundo o presidente do BNDES, não dá para ter uma meta de venda de participações porque “isso depende de condições de mercado”.

Devolução ao Tesouro

Ao comentar as metas de sua gestão, Montezano reafirmou que a instituição de fomento devolverá antecipadamente R$ 126 bilhões de sua dívida com o Tesouro Nacional até o fim do ano. Neste ano, o BNDES já devolveu R$ 43 bilhões, sendo R$ 30 bilhões numa parcela extraordinária, paga em maio.

Montezano disse ainda que o “governo está quebrado” e as devoluções ajudarão as contas públicas. O executivo ressaltou ainda que, mesmo após as devoluções, o BNDES seguirá como uma das maiores estatais do País e que o retorno dos recursos ao Tesouro é um “ajuste” de capital. “Não quer dizer que o banco vai fechar”, afirmou Montezano.

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