“Nova Oi” deve ir à Bolsa em 2015, Petrobras quer fala de ex-diretor e mais 6 agitam terça

A CorpCo, empresa resultante da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom deverá ir ao Novo Mercado da BM&FBovespa até o fim do primeiro trimestre de 2015, destaca O Estado de S. Paulo; já a Telecom Italia avalia a TIM em 13 bilhões de euros, segundo a Bloomberg

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo nesta terça-feira (8) é bastante movimentado, em meio a fusões na área de telecomunicações e parcerias. Porém, o destaque fica novamente com a Petrobras (PETR3;PETR4). A estatal afirmou em nota na última segunda-feira que pediu à Justiça acesso às informações do depoimento do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa sobre denúncias de supostas propinas pagas a políticos, conforme a mídia noticiou nos últimos dias.

A petroleira estatal disse que, embora não comente conteúdos não oficiais publicados nos meios de comunicações, bem como declarações sobre investigações em curso, é do interesse da direção da empresa ver a conclusão de todas as apurações, e por isso “continuará contribuindo para que isto ocorra rápida e eficazmente”.

Além de requerer informações que Costa já forneceu no âmbito da delação premiada, a empresa disse que também enviou cartas às empresas citadas nas reportagens solicitando dados sobre a existência de contratos com companhias ligadas ao doleiro Alberto Youssef e sobre qualquer envolvimento com as atividades objeto da investigação da operação Lava Jato.

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Segundo a companhia, tais informações subsidiarão as Comissões Internas de Apuração já instaladas pela empresa.

De acordo com reportagens, o ex-diretor teria dito à Polícia Federal que dezenas de parlamentares e três governadores teriam recebido pagamentos de comissão sobre contratos da estatal.

As ações preferenciais da Petrobras, que chegaram a subir mais de 3 por cento no início dos negócios, fecharam em queda superior a 4 por cento ontem, com operadores citando principalmente investidores estrangeiros como vendedores.

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A Petrobras disse também que cumpre rigorosamente seu dever e vem prestando todas as informações solicitadas pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e Ministério Público.

A Diretoria Executiva da Petrobras informou ainda aos seus acionistas e empregados que “a empresa continua trabalhando normalmente em todas as suas unidades para atender a seus objetivos empresariais, visto que atos irregulares, que possam ter sido cometidos por uma pessoa ou grupo de pessoas, empregados ou não da empresa, não representam a conduta da instituição Petrobras e de sua força de trabalho”.

Vale ressaltar que a Petrobras informou que sua refinaria norte-americana Pasadena, no Texas, retirou insumos do FCC (Fluid Catalytic Cracking ou craqueamento catalítico fluido) em 7 de setembro para corrigir um problema no sistema de controle do compressor de gás úmido da unidade. A unidade voltou a operar durante a noite do mesmo dia, disse a Petrobras.

Nova empresa resultante de Oi e PT deve ir a Bolsa em 2015
Os acionistas da Portugal Telecom aprovaram a fusão com a brasileira Oi (OIBR4), afastando incertezas sobre a operação após o calote de um investimento da operadora portuguesa de 900 milhões de euros de dívida da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo.

A CorpCo, empresa resultante da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom deverá ir ao Novo Mercado da BM&FBovespa até o fim do primeiro trimestre de 2015, destaca O Estado de S. Paulo. A “nova Oi” deverá ter ações negociadas em São Paulo, Lisboa e Nova York, tendo estrutura simplificada com a existência de apenas uma categoria de ações. 

Uma porta-voz da Portugal Telecom confirmou que os termos da fusão foram aprovados com o voto favorável de 98,25 por cento do capital presente, recolhendo assim a maioria necessária de pelo menos dois terços dos votos. Os ADRs (American Depositary Receipts) da companhia brasileira registram alta de 7,07%, a R$ 0,76 no after hour da Bolsa de Nova York, às 20h51 (horário de Brasília). 

Os contratos definitivos foram celebrados ontem entre a Oi, a TelPart e a PT SGPS. Esses documentos preveem a realização de uma permuta na qual a Portugal Telecom International Finance e a PT Portugal SGPS (denominadas subsidiárias Oi) transferirão títulos à PT SGPS em troca de ações preferenciais e ordinárias de emissão da Oi e titularidade da PT SGPS. Também está prevista a outorga pelas subsidiárias Oi de uma opção de compra de ações de emissão da Oi em favor da PT SGPS.

“Tendo em vista a aprovação dos contratos definitivos pela assembleia geral da PT SGPS e pelos conselhos de administração da Oi e da TelPart, a implementação da Permuta e da Opção estará sujeita somente à resposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) à consulta apresentada pelas companhias com relação a estas operações”, diz o fato relevante.

“A celebração dos contratos definitivos permitirá dar continuidade à operação de combinação dos negócios da Oi e da PT SGPS, que terá como próxima etapa a migração da CorpCo para o Novo Mercado da BM&FBovespa, mediante a incorporação de ações da Oi pela CorpCo (companhia resultante da fusão Oi-PT)”, acrescenta a Oi, na nota.

As alterações da fusão ocorreram após a descoberta do investimento de 897 milhões de euros, feito pela PT na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo (GES). A aplicação em papéis comerciais não foi paga pela Rioforte, o que resultou na revisão dos termos da fusão com a operadora brasileira. A Oi garante que não havia sido informada sobre esse investimento. A empresa do GES anunciou no mês passado a reestruturação da sua dívida, com pedido de proteção contra credores.

Telecom Italia calcula valor da TIM
A Telecom Italia calcula em 13 bilhões de euros – ou US$ 16,8 bilhões – o valor de sua fatia de cerca de 67% na TIM Participações (TIMP3), segundo duas fontes ouvidas pela Bloomberg que pediram para não ser identificadas.  

O preço confere um valor total da TIM de aproximadamente 20 bilhões de euros, cerca de 73% superior ao valor da unidade considerando o preço de fechamento da ação ontem e representaria 11 vezes o Ebitda da companhia de 2013, múltiplo similar ao que a Telefónica ofereceu à GVT no mês passado.

Fundo de pensão do Banco do Brasil reduz fatia na Forjas Taurus
A Forjas Taurus (FJTA3) disse em comunicado ao mercado que recebeu, em 8 de setembro, correspondência do Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) no dia 20 de agosto sua participação na companhia, em função da não participação no aumento de capital da empresa.

Assim sendo, a Previ reduziu a sua participação acionária da Taurus de 14,37525% para 7,08515% e detém, atualmente, 6.777.640 ações ordinárias da empresa. 

As participações não levam em conta o cancelamento das ações em tesouraria da companhia já deliberado em reunião de 12 de agosto. Com o cancelamento, a participação final é de 7,30093% das ações ordinárias, 32,71515% das ações preferenciais, e de 19,42983% do total de ações da Companhia. A Taurus ressalta que será convocada uma nova Assembleia para que o Estatuto Social reflita a nova composição do capital social em função do cancelamento das ações em tesouraria. 

Cosan 
A Cosan (CSAN3) destacou que foram celebrados entre os fundos geridos por Gávea Investimentos e TPG e a Cosan Logística, com a interveniência da Cosan e de sua controladora, o 1º e o 2º Aditivos ao Acordo de Acionistas da Rumo, originalmente celebrado em 30 de junho de 2011. 

“O 1º Aditivo prorrogou a vigência de certos direitos dos fundos previstos no acordo de acionistas de 2011, entre eles o direito de conversão descrito no fato relevante da Cosan de 5 de julho de 2010. O 2º Aditivo ajustou o acordo de acionistas de 2011, em razão da operação de incorporação de ações e da assinatura do acordo de acionistas da Rumo entre Cosan Logística e o BNDES Participações – BNDESPAR, conforme divulgado no fato relevante da Cosan de 08 de maio de 2014. A eficácia do 2º Aditivo está, assim como a eficácia do Acordo de Acionistas com o BNDESPAR, sujeita às condições precedentes para consumação da incorporação de ações da ALL pela Rumo”, ressaltou a companhia em comunicado. 

As participações não levam em conta o cancelamento das ações em tesouraria da companhia já deliberado em reunião de 12 de agosto. Com o cancelamento, a participação final é de 7,30093% das ações ordinárias, 32,71515% das ações preferenciais, e de 19,42983% do total de ações da Companhia. A Taurus ressalta que será convocada uma nova Assembleia para que o Estatuto Social reflita a nova composição do capital social em função do cancelamento das ações em tesouraria. 

BHG
As ações da BHG (BHGR3) foram vendidas em block trade pelo preço de R$ 17,50 em leilão, movimentando R$ 241,5 milhões. O leilão foi feito ontem. No primeiro comunicado, o acionista anunciou que pretende vender 4.136.500 ações – ou 6,57% do capital -, utilizando a corretora do JP Morgan como intermediador. Já o segundo comunicado informa a venda das outras 7.002.600 ações – ou 11,13% do capital – por meio do Morgan Stanley.

Cia. Providência
A Cia. Providência (PRVI3) divulgou comunicado destacando o laudo de avaliação dos papéis pelo Banco Safra. De acordo com o Laudo de Avaliação, o Safra avaliou o valor econômico das ações de emissão da Companhia no intervalo entre R$6,71 e R$7,44, apurado segundo a metodologia de fluxo de caixa descontado, a qual foi apontada pelo Avaliador como a mais adequada para a definição do valor econômico das ações. O preço de compra ofertado por ação é de R$ 9,55401, após os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações. 

Cyrela e Dominus lançam parceria
A Cyrela (CYRE3) e a Dominus vão desenvolver em conjunto projetos com VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1 bilhão na região metropolitana de Belo Horizonte. A Cyrela terá uma participação de 70% e a Dominus, 30%, de acordo com o jornal Valor Econômico.

Espera-se que os lançamentos sejam feitos até meados de 2014.  

(Com Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.