Nova barragem suspensa e mais 3 notícias de Vale, 8 balanços do 4º tri e outros destaques

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira (22)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – No radar InfoMoney desta sexta-feira (22), Vale tem noticiário agitado e rating rebaixado pela S&P, Eletrobras diz que está acompanhando as ações da Operação Lava Jato para avaliar se deve adotar alguma medida adicional, Petrobras reverte liminar que suspendia a hibernação da fábrica de fertilizantes na Bahia, 8 balanços do 4º trimestre e mais notícias.

Confira esses e mais destaques corporativos de hoje:

Vale (VALE3)

A agência de rating S&P retirou a nota da Vale de observação para possível rebaixamento e reafirmou o rating “BBB-“, com perspectiva negativa. Ao mesmo tempo, a S&P rebaixou o rating do perfil de crédito individual (SACP) de “bbb” para “bbb-“.

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Segundo a agência, a Vale tem sido proativa no reparo aos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG), mas os episódios de Brumadinho e Mariana colocam em dúvida a habilidade da mineradora em “compreender, mapear, controlar e mitigar riscos em barragens”.

Já a perspectiva negativa para o rating deve-se às incertezas sobre o montante de multas e indenizações que a Vale terá que pagar, e como isso vai impactar as métricas financeiras e a liquidez da companhia, além da reputação.

Ainda no noticiário da mineradora, a Justiça determinou que a empresa suspenda todas as atividades vinculadas à barragem de Dique III, em Nova Lima, em Minas Gerais. De acordo com a decisão, além da barragem a empresa deve interromper as operações de usinas, cavas e transportes associadas a essa estrutura, que faz parte do Complexo de Vargem Grande, até que seja comprovada a estabilidade da barragem e neutralizados todos os riscos humanos, ambientais e socioambientais.

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Também entre os destaques, a Vale recebeu da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais (Semad) a autorização provisória para operar a barragem de Laranjeiras, o que possibilitará o retorno das operações na mina de Brucutu em até 72 horas.

Eletrobras (ELET3; ELET6)

Por conta da prisão do ex-presidente Michel Temer em decorrência de suposto recebimento de propinas na construção de Angra 3, a Eletrobras disse que os contratos relacionados à construção da usina de Angra 3 foram objeto de análise no curso da investigação independente conduzida pela própria empresa, desde o início de 2015 até o final de 2018.

“Todos os atos ilícitos referentes a Angra 3 identificados na investigação foram objeto das medidas administrativas cabíveis, como encerramento de contratos e exoneração de executivos envolvidos, bem como foi efetuado o registro de perdas na ordem de R$ 141,3 milhões, disse Eletrobras.

A estatal informou que está acompanhando as ações da Operação Lava Jato para avaliar se deve adotar alguma medida adicional, visando o ressarcimento de perdas.

Natura (NATU3)

Diretores da Avon Products estão discutindo a venda da empresa para a Natura, informou o jornal Wall Street Journal. Segundo uma pessoa não identificada familiarizada com o assunto, a Natura compraria as operações da Avon na América do Norte, bem como a companhia de capital aberto. As conversas estão em estágios iniciais. Com a notícia, os papéis da Avon chegaram a subir 8% no pré-market da Nasdaq.

Burger King (BKBR3)

O Burger King informou que o procedimento de bookbuilding da oferta secundária de 33,4 milhões de ações ordinárias definiu o preço por ação em R$ 21,41. O início da negociação das ações na B3 será em 25 de março e a liquidação será em 27 de março.

Renova (RNEW3); AES Tietê (TIET11)

O conselho de administração da Renova aceitou a nova proposta vinculante apresentada pela AES Tietê para comprar o Complexo Eólico Alto Sertão III. Em fato relevante, a companhia informou que a operação está sujeita à negociação dos documentos definitivos, que deverão contemplar o cumprimento de condições precedente e a obtenção das aprovações necessárias para a conclusão.

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras conseguiu reverter a liminar que suspendia a hibernação da fábrica de fertilizantes na Bahia (Fafen-BA). Com isso, a estatal seguirá com o processo licitatório para a venda da unidade, junto com a fábrica em Sergipe (Fafen-SE).

A estatal já tinha começado o processo de venda da fábrica, mas precisou interromper no ano passado após decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski proibir a alienação do controle de estatais e suas subsidiárias sem o aval do Congresso.

CCR (CCRO3)

A CRR registrou entre outubro e dezembro de 2018 seu primeiro prejuízo trimestral, no montante de R$ 307,1 milhões. No mesmo período do ano anterior, a companhia havia registrado um lucro de R$ 329,1 milhões. A receita líquida ajustada ficou em R$ 2,08 bilhões (+3,1%) e o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) somou R$ 561,7 milhões, queda de 54,9%.

Cyrela (CYRE3)

A construtora Cyrela fechou o 4º trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 116 milhões, uma alta de 138% ante os R$ 49 milhões apresentados um ano antes. No acumulado de 2018, por sua vez, a companhia viu seu prejuízo reduzir de R$ 95 milhões para R$ 84 milhões.

Já a receita líquida da construtora subiu 64,6%, passando de R$ 809 milhões para R$ 1,331 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado. No acumulado de 2018, a receita da empresa ficou em R$ 3,146 bilhões, uma alta de 20% ante os R$ 2,619 bilhões do ano anterior.

Tecnisa (TCSA3)

A Tecnisa reduziu seu prejuízo líquido em 63,4%, para R$ 64,2 milhões, no último trimestre de 2018. A receita totalizou R$ 77,1 milhões (+26,2%) e o resultado bruto ficou positivo em R$ 2,5 milhões (antes negativo em R$ 28,9 milhões). A margem bruta, por sua vez, passou de 47,2% negativos para 3,2%.

Eztec (EZTC3)

A Eztec apurou um lucro líquido de R$ 43,5 milhões (alta de 72%) entre outubro e dezembro de 2018. A receita líquida aumentou 69%, para R$ 144,5 milhões, e a margem bruta passou de 28,9% para 37,6%. O resultado financeiro líquido ficou em R$ 30,7 milhões (+20,7%) e geração de caixa totalizou R$ 66,7 milhões.

Terra Santa (TESA3)

A produtora de grãos e fibras apurou um lucro líquido de R$ 10,8 milhões no 4º trimestre do ano passado, queda de 60% na comparação anual. A receita líquida totalizou R$ 288,2 milhões (+33%) e o Ebitda somou R$ 8,4 milhões (-79,3%). No período, a companhia teve um prejuízo operacional de R$ 332 mil, contra um lucro operacional de R$ 33,3 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.

Omega Geração (OMGE3)

A Omega Geração registrou no último trimestre de 2018, um lucro líquido de R$ 59 milhões (-49%). A receita líquida da companhia também caiu, totalizando R$ 206,5 milhões (-20%). Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 153 milhões (+31%), com margem ajustada de 88%. 

Profarma (PFRM3)

A Profarma reverteu um prejuízo líquido de R$ 25,5 milhões no 4º trimestre de 2017 para um lucro líquido de R$ 2,2 milhões no mesmo período de 2018. A receita líquida da companhia totalizou R$ 1,18 bilhões no período, enquanto o Ebitda somou R$ 33,8 milhões, com margem de 2,9%. Em 2018, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 9,7 milhões.

Grupo Biotoscana (GBIO33)

A Biotoscana registrou uma receita líquida de R$ 235,5 milhões entre outubro e dezembro de 2018 (-3,7%). No período, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 18,3 milhões (-50,5%) e o Ebitda ajustado somou R$ 46,8 milhões, com margem de 19,9%.

Com Agência Estado

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.