Nokia reduz projeções para 2001 e ações caem 7,5%

Conteúdo do Portal InfoMoney - Editoria Mercados

Equipe InfoMoney

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A Nokia anunciou o resultado referente ao quarto trimestre de 2000, com lucro 41% maior em relação ao mesmo trimestre em 1999. Entretanto, a margem operacional da linha de telefones foi menor que o esperado pelo mercado, influenciando o desempenho das ações da companhia, já que a unidade responde por cerca de 70% da receita total da Nokia. Além disso, a empresa declarou que o lucro por ação no primeiro trimestre de 2001 deve permanecer inalterado em relação ao mesmo período em 1999 e ainda reduziu suas previsões de vendas para a industria como um todo.

O lucro da Nokia no quarto trimestre em 2000 foi de 1,2 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão), ou 0,26 euro por ação; há um ano a empresa reportou lucro de 853 milhões de euros, ou 0,19 euro por ação. O resultado supera a expectativa do mercado, que apontava lucro de 1,1 bilhão de euros em média. A margem de lucro operacional para a unidade de telefones caiu para 21,3% no quarto trimestre, de 24,9% há um ano. Apesar da empresa ter anunciado que a margem deveria ser de 20%, alguns analistas esperavam uma margem maior, de pelo menos 22%. O lucro operacional da linha de telefones cresceu de 1,06 bilhão de euros no quarto trimestre de 1999 para 1,43 bilhão de euros no quarto trimestre de 2000. As vendas foram de 6,71 bilhões de euros nos últimos três meses de 2000, contra 4,25 bilhões de euros no mesmo período no ano anterior. A unidade de negócios de Redes apresentou lucro operacional de 388 milhões de euros no quarto trimestre de 2000, em comparação com os 334 milhões de euros referentes ao ano anterior; o faturamento da unidade no trimestre foi de 2,36 bilhões de euros, maior que o do quarto trimestre de 1999, de 1,74 bilhão de euros.
A empresa explica a queda na margem operacional da linha de telefones pelo aumento da concorrência. Para 2001 a empresa prevê que suas vendas mundiais estejam entre 500 milhões e 550 milhões de telefones, intervalo que dá maior flexibilidade à direção inicialmente indicada pela empresa de que as vendas deveriam atingir 550 milhões de aparelhos. A empresa segue o mercado creditando a redução das projeções ao cenário mundial de desaceleração econômica, que reduz a demanda. A postergação das compras pelos consumidores, à espera de aparelhos mais modernos que se conectem à Internet é outro fator que atrapalha as vendas. Detendo um terço do mercado mundial de celulares, a Nokia é uma das mais pressionadas pela queda mundial da demanda, já que adota a agressiva estratégia de investir no crescimento do mercado, em especial na linha de negócio dos aparelhos celulares.
As ações da Nokia, negociadas na bolsa finlandesa de Helsinque apresentam queda de 7,5% e estão sendo negociadas a 38,87 euros. Desde de o início de 1999 a cotação das ações da maior fabricante mundial de aparelhos celulares triplicou.

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