Noite agitada: Petrobras, CCR e mais 4 dominam o noticiário após o pregão

Copel anuncia novo diretor e Kroton/Anhanguera recebem "conselho" do Cade e Minerva pode recomprar quase 10% de suas ações em circulação

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Diversas companhias publicaram comunicados ao mercado após o encerramento dos negócios desta quarta-feira (12). A CCR (CCRO3) foi uma delas: ela assinou o contrato de concessão, com prazo de 30 anos, do trecho da BR-163/MS, no Mato Grosso do Sul, com extensão de 847,2 quilômetros. A empresa estima investimento total de R$ 5,5 bilhões para o período inteiro da concessão, sendo que nos primeiros cinco anos a previsão é que sejam investidos R$ 3,32 bilhões.

A companhia estima ainda, para o projeto, tráfego de 76 milhões de veículos equivalentes e receita líquida sem construção de R$ 318 milhões em 2016. A companhia prevê também crescimento médio de tráfego de 7,8 por cento nos primeiros cinco anos.

Além disso, a companhia divulgou seu resultado do quarto trimestre de 2013, com uma queda de 11,8% em seu lucro líquido, que encerrou o período em R$ 306,4 milhões. Enquanto isso, no acumulado anual, a companhia registrou lucro de R$ 1,35 bilhão, valor 14,8% superior ao registrado no ano anterior. Apesar da queda no lucro tirmestral, a receita líquida da companhia avançou 10,1%, encerrando os três últimos meses do ano em R$ 1,37 bilhão. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu 21,7% e ficou em R$ 977,1 milhões no último trimestre.

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Descobertas da Petrobras
Petrobras (PETR3, PETR4), que concluiu a perfuração de um poço em águas profundas da Bacia Potiguar, chamado Pitu, a 1.731 metros de profundidade e a 55 km da costa do Rio Grande do Norte, onde comprovou a descoberta de óleo médio. A companhia é a operadora da concessão BM-POT-17, com 80% de participação, em consórcio com a Petrogal Brasil, que detém 20%.

Cade dá “sugestão” na fusão de Kroton e Anhanguera
A Kroton (KROT3) e Anhanguera (AEDU3) informaram que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deu uma sugestão para a solução do impasse na fusão das duas empresas que visa evitar a formação de oligopólio no setor de educação. Segundo comunicado, o Cade apontou para uma “transferença de mantença” como uma boa alternativa para que as duas possam concluir fusão sem complicações.

O termo técnico usado refere-se à alienação de uma instituição de ensino de dentro de um grupo, reduzindo assim seu controle sobre o mercado. Ou seja, uma possível solução para o fator que impede a fusão das duas gigantes do ramo educacional poderia ser a venda de algumas instituições ou cursos para que a atividade delas não pudesse ser configurada como controladora do mercado.

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O fato de as concentrações envolvidas na situação entre Kroton e Anhanguera dizerem respeito a apenas alguns cursos, em tese, retiraria a necessidade das companhias de venderem instituições. No entanto, a legislação brasileira não permite a venda de cursos de educação – o que traz grande dúvida no mercado sobre o que deve acontecer no futuro das duas empresas de ensino.

Oppenheimer passa a deter 10,4% da BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) comunicou que a Oppenheimer Funds e seus clientes, incluindo a OFI Global lnstitutional, passaram a deter em 11 de março, de forma agregada, 10,44% de participação na companhia. Segundo o comunicado os fundos detêm agora 198.348.826 ações ordinárias da empresa.

Vale destacar que, segundo consta no site de relação com investidores da própria BM&FBovespa, o Oppenheimer detinha, em 8 de janeiro, uma participação de 8,74% na companhia, com 166.065.826 ações de emissão da empresa. Ou seja, desde o início do ano, os fundos geridos pelo Oppenheimer adquiriram 32.283.000 novas ações BVMF3, adquirindo aproximadamente 1,7% de participação na companhia.

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Minerva anuncia programa de recompra de ações
Um dia após divulgar seu balanço de 2013, a Minerva (BEEF3) anunciou um programa de recompra de ações que pode alcançar até 9,2% do total de papéis da companhia em circulação no mercado. Segundo fato relevante, o objetivo deste programa é “realizar a aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, visando capturar um potencial importante de geração de valor para o acionista em razão do desconto atual das ações da Companhia no mercado”.

As ações estão cotadas hoje em dia próximo de R$ 10,00, bem abaixo da faixa de R$ 16,00 vista em seu IPO em 2007, mas bastante acima dos preços vistos até o final de 2011 (cerca de R$ 4,50). Ao todo, a Minerva pretende recomprar até 9 milhões de ações – atualmente há 97.849.892 papéis BEEF3 em circulação na BM&FBovespa. O prazo para o programa de recompra é de 365 dias a partir de hoje e terá como intermediadores as corretoras do UBS Brasil, CM Capital Markets e BTG Pactual.

Copel altera diretoria de finanças
A Companhia Paranaense de Energia, Copel (CPLE5) informou que o Antônio Sergio de S. Guetter é o novo diretor de finanças e de relações com investidores da companhia. Ele irá substituir Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani, que deixa a companhia para assumir o cargo de Secretário da Fazenda do Estado do Paraná.

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Guetter é engenheiro civil, graduado pela Universidade Federal do Paraná, e exercia o cargo de diretor presidente da Copel Renováveis. Ele tem MBA Executivo em Finanças e Administração, além de especialização em diversas áreas, como Gestão Estratégica e Marketing, Qualidade, Gestão e Planejamento e Finanças.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.