Nike surpreende com crescimento nas vendas, mas lucro recua 31% no trimestre

Apesar da alta nas receitas, empresa enfrenta desafios na margem e no estoque durante processo de reestruturação

Gabriel Garcia

Logo da Nike do lado de fora da loja na 5ª Avenida em Nova York, EUA
19/03/2019
REUTERS/Carlo Allegri
Logo da Nike do lado de fora da loja na 5ª Avenida em Nova York, EUA 19/03/2019 REUTERS/Carlo Allegri

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A Nike (NIKE34) divulgou nesta terça-feira (30) resultados do primeiro trimestre fiscal que superaram as expectativas do mercado, com crescimento de 1% nas vendas em relação ao ano anterior.

A receita totalizou US$ 11,72 bilhões, acima dos US$ 11 bilhões previstos pelos analistas, sinalizando uma recuperação inesperada para a gigante do setor esportivo.

No entanto, o lucro líquido da empresa caiu 31% no período, para US$ 727 milhões, enquanto a margem bruta recuou 3,2 pontos percentuais, para 42,2%.

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Esses números refletem os desafios enfrentados pela Nike para limpar estoques antigos, o que tem impactado a rentabilidade e gerado preocupações entre investidores.

O diretor financeiro Matt Friend destacou que o progresso da empresa não será linear, devido a diferentes ritmos de recuperação em suas áreas de atuação.

A Nike tem focado em três pilares principais: vendas no atacado, desempenho na América do Norte e o segmento de corrida, que apresentaram crescimento significativo no trimestre.

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Apesar dos avanços, o CEO Elliott Hill reconheceu que outras áreas ainda enfrentam dificuldades, como as vendas diretas ao consumidor, que caíram 4%, e o mercado chinês, que registrou queda de 9%.

Hill também está promovendo uma reestruturação interna para realinhar as equipes por esporte, buscando retomar o crescimento sustentável da marca.

A Nike também aposta em parcerias estratégicas, como a recente colaboração com a marca de shapewear Skims, de Kim Kardashian, para ampliar sua base de clientes, especialmente entre as mulheres.