Neoenergia (NEOE3) lucra R$ 1,21 bilhão no 1º trimestre, estável na comparação anual

Receita líquida somou R$ 11,107 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 12% na comparação com igual etapa de 2022.

Felipe Moreira

Usina solar em Pernambuco da Neoenergia

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A Neoenergia (NEOE3) reportou lucro líquido de R$ 1,215 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 0,25% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta terça-feira (25).

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 3,6 bilhões no 1T23, um crescimento de 14% em relação ao 1T22, enquanto o Ebitda ajustado totalizou R$ 2,6 bilhões, alta de 7%.

Segundo a companhia, a variação positiva no Ebitda foi influenciada positivamente pela entrega de projetos em negócios renováveis, “incluindo a entrada em operação total, em março, do complexo solar Neoenergia Luzia, na Paraíba, que marca a estreia da companhia na geração fotovoltaica centralizada”.

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A receita líquida somou R$ 11,107 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 12% na comparação com igual etapa de 2022.

A energia injetada foi de 19.510 gigawatts (GWh) no 1T23, +0,2% versus o 1T22, por melhor mercado na Bahia e em Brasília, absorvendo os impactos de menor temperatura e geração distribuída nas demais concessões.

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O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,272 bilhão no primeiro trimestre de 2023, uma elevação de 39% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Segundo a companhia, o aumento das despesas financeiras é explicada pela maior despesa com encargos de dívida, maior CDI, além do aumento do saldo médio da dívida devido às captações direcionadas para Capex de novos projetos de transmissão, eólico e solar, além das Distribuidoras.

A margem bruta foi de R$ 4,760 bilhões no 1T23, alta de 14% frente a margem do 1T22, impactada pelos efeitos dos reajustes tarifários; do maior VNR, por ajuste pontual na base de remuneração de Neoenergia Coelba e Neoenergia Cosern para Revisão Tarifária, mitigando o impacto do menor IPCA; do maior Capex em transmissão; e do melhor resultado em Renováveis devido à entrada em operação dos Complexos Eólicos Chafariz e Oitis e do Complexo Solar Luzia.

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As despesas operacionais somaram R$ 970 milhões no 1T23, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2022.

A Neoenergia investiu R$ 2,1 bilhões no 1T23 (-13% na comparação anual), maior realização em Redes e menor realização em Renováveis devido ao encerramento dos projetos.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 36,827 bilhões, um crescimento de 1% na comparação com dezembro de 2022.

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O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,06 vezes em março de 2023, queda de 0,09 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.

A Neoenergia encerrou o trimestre com 42 parques eólicos em operação, que somados têm capacidade instalada de 1.389 megawatts (MW), além de duas usinas solares fotovoltaicas Neoenergia Luzia, com 149,2 MWp. A geração de energia eólica e solar foi de 943 gigawatts-hora (GWh), 84,71% acima do observado no mesmo período do ano passado.

No segmento de distribuição, a companhia encerrou o trimestre com 16.111 milhões de unidades consumidoras atendidas em suas cinco áreas de concessão, uma adição de 307 mil clientes em relação ao mesmo período do ano passado, alta de 2%.