Neoenergia (NEOE3) apresenta resultados sólidos no 3º tri e afirma que não participará do leilão da Aneel em dezembro

Em teleconferência sobre resultados, CEO pareceu otimista e garantiu que a empresa seguiu entregando "resultados consistentes e crescentes"

Camille Bocanegra

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A Neoenergia (NEOE3) reportou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 1,54 bilhão no terceiro trimestre de 2023 (3T23), montante 3% superior ao apresentado no mesmo intervalo de 2022, na noite de quarta-feira (25).

Em teleconferência sobre os resultados, na manhã desta quinta (26), o CEO, Eduardo Capelastegui, comemorou os números e afirmou: “continuamos entregando resultados consistentes e crescentes”. O executivo também destacou que não irá participar do leilão da Agência Nacional de Energia (Aneel) em dezembro, com o foco em garantir a execução dos projetos em andamento.

Analistas consideraram os números acima das expectativas, em especial o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) Caixa, que se apresentou como destaque do balanço.

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“Ebitda Caixa totalizou R$ 2,6 bilhões, ficando estável em relação ao ano anterior, mas superando nossa estimativa em 20%, principalmente devido ao reconhecimento mais forte do que o esperado do CVA (conta de custos variáveis), o que deve ter um impacto neutro a curto prazo”, destaca o JPMorgan.

O ponto foi abordado pelo CEO da companhia na teleconferência. “Continuamos focados na excelência operacional”, disse o CEO da Neoenergia, destacando crescimento do Ebitda Caixa em 107% desde o IPO, superando os R$ 2,6 bilhões neste trimestre.

O segmento de distribuição apresentou “números de volume decentes”, de acordo com o Itaú BBA, enquanto o segmento de geração teria registrado números operacionais muito fracos, segundo a análise.

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“Numa base anual, os resultados foram ajudados pela consolidação de Dardanelos e pela entrada em operação dos complexos Oitis e Luzia. O desempenho da TermoPernambuco foi o ponto baixo do trimestre”, explica o BBA.

O banco mantém a recomendação de compra para o nome, com preço-alvo de R$ 27,90.

“O nível de endividamento, medido pela relação dívida líquida/Ebitda, atingiu 3,1 vezes, ligeiramente abaixo dos 3,3 vezes registrados no segundo trimestre”, destacou o BBA. Sobre o tema, Leonardo Gadelha, CFO da Neoenergia, destacou que o crescimento no Ebitda pode levar a dívida líquida para um ponto mais confortável para a companhia.

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“A dívida se manteve constante pela melhora no Ebitda. A estrutura da nossa dívida segue nos dando bastante conforto, por estar bem estruturada nos próximos anos”, disse o CFO.

O combate à inadimplência tem surtido efeitos, de acordo com o CFO, e o programa Desenrola Brasil garantiu resultado positivo na primeira fase de negociação.

Por fim, a Suno destacou os esforços na frente de construções em transmissão. “O destaque fica para os ativos Lagoa do Patos e Vale do Itajaí (R$ 417 milhões de RAP, ou Receita Anual Permitida, conjunta) que, muito embora ainda não tenham sido finalizados, passaram a ter 31,4% (R$ 131 milhões) das suas receitas contratuais consolidadas vigentes”, considera Bernardo Viero, da Suno Research.

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O CEO afirmou, ainda, que a Neoenergia não participará de leilão em dezembro de 2023, pois o foco da administração agora é garantir a execução dos projetos em andamento.