“Nasce um gigante”: Suzano dá último passo para fusão com Fibria e reforça visão positiva para 2019

As ações da Suzano chegaram a subir 5,20% no pregão de hoje após a autoridade de concorrência da Europa aprovar fusão com a Fibria

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A Suzano (SUZB3) e a Fibria (FIBR3) informaram na tarde desta quinta-feira (29) que a autoridade de concorrência da Europa aprovou a combinação de seus negócios e bases acionárias. A única restrição é a rescisão antecipada do contrato comercial da empresa com a Klabin (KLBN11), de 900 mil toneladas até 2021.

Agora, a Suzano espera finalizar a listagem de seus ADRs (American Depositary Receipts) na bolsa de Nova York e, posteriormente, concluir a transação em 15 de janeiro. 

A equipe de análise da XP Research avalia que o anúncio é positivo e mantém a recomendação de compra das ações da Suzano, com preço-alvo revisado de R$ 62,50, patamar 70,1% acima do valor do fechamento de quarta-feira (28). 

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Após o anúncio de mais um passo na fusão, as ações da Suzano chegaram a subir 5,20% e da Fibria avançaram até 1,86% no pregão de hoje.

“Reconhecemos que a ação possa continuar descontada no curto prazo por conta de uma queda nos preços da celulose, mesmo que pequena, assim como por uma preferência entre os investidores locais por nomes mais voltados para o mercado doméstico. Vemos Suzano mais como uma história de 2019”, explica Karel Luketic, analista da XP Research em relatório a clientes.

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Luketic destaca que as ações negociam a 4 vezes o EV/Ebitda ((valor da empresa sobre o Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e, assumindo o preço da celulose de US$ 750 a tonelada (patamar atual) para 2019, com o dólar a R$ 3,85, a avaliação do analista é de que o fluxo de caixa livre alcance 20%. “Parece extremamente atrativo na nossa visão, com viés de médio-longo prazo”, explica.

Restrição

A rescisão antecipada do contrato que estabelece que a Fibria distribui para os mercados de exportação 900 mil toneladas de celulose da Klabin é neutra em termos de impacto no Ebitda, segundo Luketic, mas incide em um capital de giro adicional próximo a R$ 2,5 bilhões. 

Mas a XP Research já havia incorporado esse fator em seu modelo de investimento. “Não acarreta em nenhum impacto relevante para a nossa avaliação das ações da Suzano”, conta.

Os investidores buscarão por mais detalhes do negócio na teleconferência marcada para sexta-feira (30), às 11h (de Brasília).