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SÃO PAULO – Em 2015, as temperaturas registradas no planeta foram as maiores desde 1880. Segundo dados da agência espacial americana Nasa e da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), a temperatura do planeta ficou 0,90ºC acima da média do século 20 e 0,16ºC acima do recorde anterior, observado em 2014.
Para os cientistas das duas agências, o aumento na temperatura está relacionado com o El Niño e também com o aquecimento global. No ano passado, dez dos 12 meses bateram recorde individual no aumento de temperaturas em todas as partes do globo, afetando o clima e a população. Como exemplo, os pesquisadores lembraram da onda de calor que matou 2,5 mil pessoas na Índia em 2015.
Secas, enchentes e outros fenômenos extremos causados pelas mudanças climáticas tem impacto direto na vida das pessoas, causando danos a produção de alimentos, por exemplo. A ONU calcula que seria necessário um investimento imediato de valores que varia entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões por ano para adaptação às mudanças climáticas. Mas há estudos que estimam investimentos até tres vezes maiores.
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O anúncio feito pela Nasa surge um mês após a Conferência do Clima em Paris (COP-21), por meio dos países participantes, se comprometer a manter o aquecimento global abaixo de 2ºC a partir de 2020.
Ainda segundo o NOAA, essa é a quarta vez que um recorde de temperatura global é quebrado desde o início deste século. Desde 1997, o primeiro ano desde 1880 a ter um aumento recorde nos termômetros no planeta, 16 dos 18 anos que se seguiram foram mais quentes
