Não vendo luz no fim do túnel, BTG faz drástico corte nas ações da Fibria e Suzano

Apesar do corte no preço-alvo, os analistas do banco mantiveram recomendação de compra para essas ações

Paula Barra

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SÃO PAULO – O BTG Pactual promoveu nesta segunda-feira (11) um drástico corte nas suas projeções para o setor de papel e celulose, vendo um dólar mais baixo esse ano e os preços da commodity longe de uma recuperação. Nesse ano, essas ações acumulam queda de mais de 40% na Bolsa, em meio à forte queda do dólar frente ao real e derrocada dos preços da celulose. 

Desde setembro do ano passado, o banco não alterava o preço-alvo das ações da Fibria, enquanto Suzano não passava por mudanças desde janeiro deste ano, quando o banco elevou o target de R$ 26,00 para R$ 28,00 por ação. Apesar do corte em cerca de 30% nos preços-alvos das empresas agora, o banco não alterou a recomendação das duas, que segue em compra.

O preço-alvo das ações da Fibria (FIBR3) passou de R$ 70,00 para R$ 50,00, enquanto da Suzano (SUZB5) foi de R$ 28,00 para R$ 20,00. Os analistas reiteraram Suzano como sua top pick. No caso de Klabin (KLBN11), a recomendação seguiu em neutra, mas com o preço-alvo passando de R$ 24,00 para R$ 20,00. 

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A mudança na projeção ocorre em meio à uma visão mais pessimista sobre os preços da celulose, que, para os analistas, devem se manter abaixo de US$ 500,00 a tonelada por mais tempo antes de começarem a ver fechamentos de capacidade e, com isso, recuperação. Por conta disso, eles cortaram a curva de preço em 2016 de US$ 750 a tonelada para US$ 700 a tonelada. A projeção para longo prazo passou de US$ 700 a tonelada para US$ 680 a tonelada, assumindo agora um dólar a R$ 3,80, ante R$ 4,00. 

Segundo os analistas, o call no setor segue binário. Apesar da recomendação de compra, eles acreditam que em uma mudança de governo, que poderia promover um dólar ainda mais baixo, a recomendação desses papéis passaria para venda, enquanto em uma manutenção seguiria em compra. 

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