“Não vamos ficar esperando a vacina para fazer aquisições”, diz CEO da Priner

Túlio Cintra participou de live do InfoMoney e comentou sobre a retomada das manutenções da indústria e como uma segunda onda de Covid pode afetar a empresa

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Despois de um segundo trimestre bastante prejudicado pela pandemia de coronavírus, a Priner (PRNR3) observou uma melhora entre julho e setembro deste ano. Com a reabertura parcial da economia, alguns projetos de manutenção que haviam sido suspensos foram retomados, a empresa voltou a contratar e fez, inclusive, uma aquisição.

“Aconteceu o que nós imaginávamos. Nós achávamos realmente que passado esse período [de pandemia] teríamos uma queda profunda. Mas, como eu falei, ninguém consegue simplesmente falar: deixa meu ativo aí funcionando, trabalhando, eu não vou pôr a mão nele por alguns meses, não vou fazer engenharia de manutenção. Isso não é possível fazer na área de indústrias”, disse Túlio Cintra, CEO da Priner.

“Estamos com 682 vagas em aberto. Estamos voltando a patamares de número de pessoas pré-pandemia, mas eu acho que a receita não vai voltar totalmente no quarto trimestre. Vamos continuar vendo ascensões, mas dificilmente será na velocidade que todas as indústrias gostariam. Existe o temor da segunda onda. Você chega para fazer uma obra onde você poderia entrar com 200, 300 homens, mas na pandemia só vai ser permitida a entrada de cento e poucos homens, por exemplo”, completou.

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Ele participou nesta quarta-feira (18) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

O executivo afirmou que a empresa outra vez não teve cancelamento de contratos, sendo que alguns estão suspensos ou adiados para 2021. Ele ressaltou que a empresa segue gerando caixa operacional, ainda não usou todos os recursos obtidos com o IPO e que mantém a política de aquisições.

“Não vamos ficar esperando a vacina [da Covid-19] para fazer M&A [fusões e aquisições, na sigla em inglês]”, disse. “Hoje nós estamos analisando duas empresas muito interessantes e, no momento certo, vamos seguir. (…) Se nós tivéssemos numa situação onde esse caixa, num evento de uma onda [de Covid] dois ou três, fosse a diferença entre a vida e a morte nossa, talvez nós faríamos uma restrição. Mas não é, temos caixa suficiente para manter firme a nossa estratégia de consolidação”, disse.

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Marcelo Costa, CFO da Priner e que também participou da live, destacou que os investimentos feitos pela empresa para a substituição de equipamentos alugados por equipamentos próprios geram benefícios à operação e ao balanço. “São investimentos em equipamentos que chegam e não ficam na prateleira, eles já vão para a obra. Não é investimento para ficar parado. É investimento que entra e no dia seguinte já gera benefício financeiro. (…) Não há melhor investimento para a gente do ponto de vista financeiro do que isso”, disse.

Os executivos falaram ainda sobre pagamento de dividendos, sobre a estratégia de diminuição do peso da mão de obra na receita com aumento da receita per capita, e sobre o maior equilíbrio entre os setores de atuação dos clientes, ficando menos dependente do setor de óleo e gás. Assista à live acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.