“Não temos perspectiva de entrar no leilão de privatização da Eletrobras”, diz CFO da Eneva

Companhia conseguiu encerrar o ano com quase R$ 2 bilhões em caixa e baixo endividamento, o que dá à Eneva a perspectiva de participação em leilões da Aneel

Anderson Figo

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SÃO PAULO — O baixo nível dos reservatórios no final de 2020 beneficiou a Eneva (ENEV3), que detém as termelétricas mais baratas do país. O acionamento das unidades impulsionou o balanço da companhia no quarto trimestre, gerando um lucro líquido de R4 686,5 milhões no período — um crescimento de quase 88% na comparação anual.

Além disso, a companhia também conseguiu encerrar o ano com quase R$ 2 bilhões em caixa e baixo endividamento, o que dá à Eneva a perspectiva de participação em leilões da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2021, segundo o CFO do grupo, Marcelo Habibe.

“Estamos avaliando. Eu posso adiantar que para o leilão agora de junho a gente não tem projeto. Mas vai ter outro leilão em setembro, então a gente está avaliado com o time de engenharia, com o time de soluções o que que dá para fazer”, disse em live do InfoMoney nesta sexta-feira (12).

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“Não temos essa perspectiva não [de entrar no leilão de privatização da Eletrobras]. Temos outros projetos aqui que a gente entende que é mais a nossa cara, a nossa expertise. Eletrobras não”, completou.

A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Habibe explicou que o custo da Eneva é mais baixo do que a concorrência porque as termelétricas da companhia são a gás, o que é menos poluente e mais barato. Ele falou ainda sobre os planos da empresa de investir em mais campanhas exploratórias de gás.

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O CFO da Eneva também respondeu sobre a possibilidade de a empresa trabalhar com fontes renováveis de energia, como a eólica e a solar, falou sobre dividendos e o recente desdobramento de ações que a companhia realizou, além do impacto da nova lei do gás sobre a operação da companhia e do uso do gás do pré-sal. Assista à live completa acima.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.