MRV pagará R$ 164 mi em dividendos, Sequoia estreia na B3, Gerdau é elevada pelo BBI, outras recomendações e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (7)

Equipe InfoMoney

(Divulgação/MRV)

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Na esfera corporativa, o mercado acompanha hoje a estreia das ações da Sequoia Logística (SEQL3) na bolsa de valores. Além disso, a venda dos ativos brasileiros da Laureate continua no radar dos investidores.

A Hope Education, grupo de Hong Kong que adquiriu a unidade da Laureate na Malásia há cerca de dez dias, também tinha intenção de fazer uma oferta pela operação brasileira. No entanto, desistiu nesta semana, segundo o Valor Econômico. Com isso, a disputa pela Laureate Brasil fica entre Anima (ANIM3), Ser Educacional (SEER3) e Yduqs (YDUQ3), que entregaram, ontem, suas ofertas. Nessa quinta e sexta, o conselho do grupo americano vai analisar as propostas e enviá-las no começo da próxima semana à Ser Educacional.

A Azul (AZUL4) informou que sua posição de liquidez era de R$ 2,3 bilhões no final de setembro. Além disso, a previsão original era um consumo de caixa de aproximadamente R$ 3 milhões por dia para o segundo semestre do ano, mas apresentou um aumento de caixa de aproximadamente R$ 700 mil por dia ao longo do terceiro trimestre.

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Além disso, a MRV (MRVE3) anunciou que vai distribuir dividendos, enquanto a Sanepar (SAPR11)  conseguiu abater 60% de uma multa ambiental. Já a Braskem (BRKM5) disse que a taxa de utilização das suas unidades nos Estados Unidos voltou à normalidade, enquanto as vendas de resinas atingiram um recorde no Brasil.

Confira os destaques:

Azul (AZUL4)

A Azul tinha, em 30 de setembro, posição de liquidez de R$ 2,3 bilhões, incluindo caixa e equivalentes de caixa, investimentos de curto prazo e contas a receber. No trimestre anterior, a empresa tinha R$ 2,25 bilhões. Segundo a Azul, a previsão original era um consumo de caixa de aproximadamente R$ 3 milhões por dia para o segundo semestre do ano, mas apresentou um aumento de caixa de aproximadamente R$ 700 mil por dia ao longo do terceiro trimestre.

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Excluindo indenizações trabalhistas, a Azul teve um aumento de caixa de R$ 1,5 milhão por dia. De acordo com a companhia, o desempenho se deve ao plano de retomada, incluindo negociações bem-sucedidas com seus stakeholders, bem como uma recuperação de demanda mais rápida do que a esperada. Para o quarto trimestre de 2020, a Azul estima uma queima de caixa média de R$ 2,5 milhões por dia, sem amortizações significativas de dívidas como resultado de negociações em andamento com seus parceiros financeiros.

“Nos últimos seis meses, apesar da pandemia, a companhia conseguiu manter sua posição de caixa estável sem levantar qualquer capital adicional, e nossas projeções internas mostram liquidez suficiente para mais de 30 meses sem novo aumento de capital”, destacou. Além disso, a Azul informou que continua avaliando fontes de capital disponíveis a fim de fortalecer ainda mais seu balanço e aproveitar eventuais oportunidades de
mercado.

No setor aéreo, outro destaque é a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar hoje medidas de desregulamentação da aviação para reduzir custos de companhias de pequeno porte que operam no interior do país. No pacote, chamado de Voo Simples, entretanto, há a previsão de que voos comerciais possam utilizar aeroportos particulares, segundo a Folha.

Com essa medida, companhias como Gol ou Tam poderão realizar voos comerciais de qualquer local do país para, por exemplo, o aeroporto Catarina, da construtora JHSF que fica a meia hora de carro de São Paulo. Hoje, ele só opera com jatinhos.

Braskem (BRKM5)

A Braskem informou que, em função da demanda de Polipropileno (PP) na América do Norte, a taxa de utilização de suas unidades industriais na região voltou à normalidade. Em setembro, a companhia registrou um volume de vendas superior a 140 mil toneladas de PP no mercado norte-americano. Em relação às vendas no mercado brasileiro, a companhia registrou um volume de vendas de resinas superior a 365 mil toneladas em setembro, novo recorde mensal histórico de vendas neste mercado.

Sequoia Logística (SEQL3)

As ações da Sequoia estreiam nesta quarta na B3. A empresa de logística,  especializada no mercado de e-commerce, movimentou R$ 1 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

A oferta primária, cujos recursos irão para a companhia, movimentou R$ 348,1 milhões, para fazer aquisições, para investir em automação e otimizar a estrutura de capital. E a tranche secundária, papéis detidos por atuais sócios, incluindo a firma norte-americana de private equity Warburg Pincus, movimentou R$ 652,6 milhões.

A oferta saiu a R$ 12,40 por ação, abaixo da faixa fixada entre R$ 14,25 e R$ 17,75.

MRV (MRVE3)

A MRV vai distribuir R$ 163,9 milhões em dividendos no dia 23 de outubro de 2020, o que representa R$ 0,34014373 por ação com base na posição acionária do dia 13 de outubro de 2020.

Sanepar (SAPR11)

A Sanepar teve uma multa ambiental abatida em 60% com a adesão a um projeto de restauração de populações de flora ameaçadas na mata atlântica de Santa Catarina. O valor, que era de R$ 47,4 milhões, passou para R$ 19 milhões, podendo ser parcelado em 24 vezes, com atualização pela taxa Selic.

Suzano (SUZB3)

A oferta pública de 150.217.425 ações ordinárias da Suzano detidas pela BNDESPAR foi encerrada, ao preço de R$ 46 por ação, somando um total de R$ 6,9 bilhões.

JHSF (JHSF3)

A JHSF informou que as vendas contratadas registraram crescimento de 192,5% no terceiro trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, com destaque para o aumento de 321,2% na Fazenda Boa Vista. As vendas contratadas da empresa somaram R$ 414 milhões entre julho e setembro deste ano.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras vai divulgar seu relatório trimestral de produção e vendas no dia 20 de outubro e o seu relatório de desempenho financeiro no dia 28 de outubro, após o fechamento dos mercados. No dia 29 de outubro de 2020, serão realizados dois webcasts para apresentar os resultados da companhia referentes ao terceiro trimestre de 2020.

Ainda em destaque, a conclusão da operação pela qual a Petrobras negociou a venda de sua unidade de distribuição de gás liquefeito de petróleo Liquigás para um grupo formado por Copagaz, Itaúsa e outras empresas dependerá de um acordo com o órgão brasileiro de defesa da concorrência.

Em publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apontou que decidiu pela “impugnação ao Tribunal” do caso, “com recomendação de aprovação condicionada à celebração de Acordo em Controle de Concentrações (ACC)”. A Petrobras assinou em novembro do ano passado contrato para vender 100% da Liquigás por R$ 3,7 bilhões a um grupo de empresas que inclui também a Nacional Gás Butano e a Fogás.

Em parecer sobre a transação, o Cade apontou que o setor de gás natural liquefeito (GLP) tem “baixos níveis de rivalidade” e elevadas barreiras à entrada de novos competidores, assim como grande possibilidade de coordenação entre agentes de mercado, o que já foi alvo de uma série de investigações e condenações do órgão.

“Dado o contexto do mercado e a proposta inicial das requerentes, a operação suscita preocupações de poder de mercado”, concluiu o Cade, ao avaliar que o negócio “reforçaria o oligopólio entre as quatro grandes do setor”.

As empresas envolvidas na operação, no entanto, apresentaram uma nova proposta de acordo para endereçar as preocupações concorrenciais, segundo o parecer. “A proposta de ACC apresentada pelas requerentes, em tese, é suficiente para mitigar os problemas concorrenciais decorrentes da operação”, sinalizou a superintendência do Cade.

Segundo esse parecer, o acordo negociado “endereça as preocupações concorrenciais apontadas” e “fortalece um novo player nas regiões Sudeste e Centro-Oeste”.

B3 (B3SA3)

A associação de acionistas Abradin entrou com ação contra a B3 e a BSM (Bovespa Supervisão de Mercado) para pedir indenização a investidores prejudicados por recentes liquidações de corretoras, segundo a Folha. Para a entidade, faltou proteção diante dos sinais de falência. Aurélio Valporto, da Abradin, reclama da B3 nos casos, que envolvem as corretoras Gradual, Walpires, Alpes e outras.

Locaweb (LWSA3)

O Itaú BBA reiterou o rating Outperform (acima da média) para as ações da Locaweb. O preço-alvo para 2021 é R$ 73, enquanto para 2020 é de R$ 24. Segundo o banco, a empresa tem sido bem-sucedida durante a pandemia, em meio à digitalização do varejo. Na visão do BBA, a Locaweb conseguiu atender as demandas das varejistas no primeiro semestre, o que explica os bons resultados atingidos no período.

O crescimento da empresa é apoiado pelo fato de que existem poucos competidores, enquanto a base de consumidores está crescendo. Segundo o banco, operações de fusões e aquisições não estão sendo consideradas na análise, o que deixa espaço para novas revisões para cima no futuro.

Notre Dame Intermedica (GNDI3), Hapvida (HAPV3) e Odontoprev (ODPV3)

O Morgan Stanley revisou suas previsões para as empresas de saúde. A ação da Notre Dame Intermedica teve seu preço-alvo elevado de R$ 64 para R$ 76 e manteve a recomendação overweight (acima da média) para o papel, que é o preferido do banco neste mercado. Para a Hapvida, o preço-alvo passou de R$ 60 para R$ 72, também com recomendação overweight.

Já a ação da Odontoprev teve seu preço-alvo reduzido de R$ 15,20 para R$ 13,50, enquanto a recomendação melhorou, passando de underweight (abaixo da média) para equal-weight (neutro). Segundo o banco, a crise pode ter acelerado o lucro do setor, ao facilitar a telemedicina, além de propiciar uma consolidação de mercado mais rápida. As empresas também estão mais otimistas devido à estabilização das demissões, enquanto os dados da ANS mostram aumento na adesão de novos clientes em planos médicos e odontológicos em julho.

Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5)

O Bradesco BBI elevou o preço-alvo do ADR da Vale de US$ 17 para US$ 18 e manteve a recomendação outperform (acima da média). O banco elevou a recomendação da Gerdau de neutro para outperform e aumentou o preço alvo para a ação de R$ 17 para R$ 26. O banco manteve o rating neutro para Usiminas.

Sobre a Vale, o banco destacou a geração robusta de fluxo de caixa livre, com a previsão do preço do minério de ferro a US$ 90 em 2021. Além disso, o dividend yield de 13%, o aumento da produção e a redução dos riscos relativos a Brumadinho foram destacados pelo BBI. A Vale opera hoje a 3,1 vezes EV(valor da empresa)/Ebitda 2021, um desconto de 40% em relação às concorrentes australianas. O justo seria um múltiplo de 5 vezes, segundo o banco.

Já em relação à Gerdau, o Bradesco BBI afirmou que existe uma expectativa de lucros fortes à frente, com volumes maiores e reajustes de preços, somados ao real mais fraco. A Gerdau é negociada hoje a um múltiplo de 6,4 vezes EV (valor da empresa)/Ebitda, ante níveis justos de 7 a 7,5 vezes, segundo o banco.

Ainda no radar do setor, a Vale  informou que sua subsidiária Vale Canada Limited completou, em conjunto com a Sumitomo Metal Mining, a venda e transferência de 20% de participação na PT Vale Indonésia ao grupo local PT Indonesia Asashan Aluminium.

A subsidiária da Vale recebeu aproximadamente US$ 278 milhões em caixa com o fechamento do negócio, acrescentou a mineradora, em comunicado ao mercado nesta quarta-feira.

A Vale destacou que a transação satisfaz uma obrigação de desinvestimento no ativo que havia sido estabelecida em contrato com o governo da Indonésia, o que era inclusive um dos requerimentos para que a PT Vale estenda suas operações além de 2025.

Ambev (ABEV3)

O Credit Suisse reduziu o preço-alvo de Ambev de R$ 20 para R$ 18 devido à pressão causada pelo real depreciado. O banco vê a ação operando a uma relação de 20 vezes Preço/Lucro (P/E) 2021, o que implica desconto de 10% ante a média histórica.

Contudo, o banco reiterou a recomendação outperform para a Ambev, afirmando que “o gigante acordou” e prevendo um crescimento de 14% nas vendas de cerveja no terceiro trimestre, embora os preços devam melhorar apenas no quarto trimestre.

Moura Dubeux (MDNE3)

A Moura Dubeux reportou vendas brutas de R$ 300 milhões no terceiro trimestre de 2020, alta de 227% ante o segundo trimestre, principalmente devido à recuperação na demanda e ao bom desempenho de projetos lançados. Os cancelamentos foram de R$ 88 milhões, levando as vendas líquidas para R$ 212 milhões, bem acima dos R$ 16 milhões registrados no segundo trimestre, e em linha com as estimativas do Credit Suisse.

O Credit avaliou que os números divulgados pela Moura Dubeux foram positivos e continuam a mostrar que a retomada da demanda no Nordeste não está muito atrás da recuperação vista na região Sudeste. Além disso, o banco destacou a elevada geração de caixa (yield de fluxo de caixa livre de 6,5%), em linha com a tese do IPO, após reduzir o serviço da dívida.

Na visão do Credit, a empresa ainda está fora do radar da maioria dos investidores, ainda mais depois do resultado decepcionante do segundo trimestre, mas isso pode mudar. “Acreditamos que esta prévia deve ajudar a trazer mais conhecimento sobre a empresa, mas uma decisão de investimento deve vir somente depois dos resultados financeiros”, afirmou. A empresa opera a um múltiplo de 0,8 vez preço sobre sobre valor patrimonial (PVB), enquanto os concorrentes operam com múltiplos de 1,5 vez a 2 vezes.

Shoppings

As ações do setor de shopping podem reagir aos sinais de recuperação do setor, depois de perdas fortes durante a pandemia. O faturamento ainda está abaixo do período pré-covid, mas a queda das vendas, que chegou a 90% em março, ficou em 26,5% em setembro. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Shopping Centers da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 6 mil lojas, das 11 mil que encerraram atividades entre abril e agosto, já foram reocupadas, de acordo com o Valor Econômico.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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