MRV (MRVE3) registra recorde de vendas líquidas no 1º trimestre, a R$ 1,74 bilhão

O resultado é o maior volume de vendas líquidas em um primeiro trimestre da história da MRV&Co

Felipe Moreira

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A MRV&Co (MRVE3) divulgou nesta segunda-feira (18) dados preliminares e não auditados do primeiro trimestre de 2022 (1T22).

As vendas líquidas totalizaram R$ 1,743 bilhão no trimestre, um crescimento de 7,6% em relação ao 1T21 e de 4,2% frente ao 1T20. O resultado é o maior volume de vendas líquidas em um primeiro trimestre da história da MRV&Co.

Foram vendidas 8.930 unidades nos três primeiros meses de 2022, uma redução de 8,1% em relação ao 1T21 e de 12% na comparação com o 4T21.

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A construtora encerrou o trimestre com a produção de 8.681 unidades, uma retração de 5,5% em relação ao 1T21 e de 10,7% frente ao 4T21.

Os lançamentos atingiram valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,735 bilhão entre janeiro e março deste ano, aumento de 1,4% na comparação com igual etapa de 2021, mas recuo de 46,5% frente ao 4T21.

A MRV&Co destaca que segue expandindo suas diversas linhas de negócios e, no 1T22, alcançou 47,7% de suas vendas (visão LTM) fora do Programa Casa Verde e Amarela (CVA).

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A companhia vendeu mais um empreendimento da AHS, o Coral Reef, na Flórida, EUA, por um valor total de R$ 221 milhões (US$ 50,4milhões).

A MRV&Co registrou uma queima de caixa de R$ 834,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma elevação de 117,2% na comparação com o 1T21 e de 454% frente ao 4T21.

O banco de terrenos (landback) da companhia encerrou março de 2022 avaliado em R$ 73,5 bilhões, um aumento de 10,9% frente ao mesmo período de 2021.

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Análises

O Credit Suisse aponta que a MRV divulga números ligeiramente fracos em relação às operações e negativo em relação à queima de caixa.

A equipe de análise do banco destaca que a empresa continua com sucesso o ramp up de suas operações fora do programa Casa Verde e Amarela (CVA) e, atualmente, a AHS tem praticamente o mesmo volume de valor geral de vendas (VGV) em desenvolvimento que o core business da MRV.

Além disso, a AHS tem U$ 300 milhões em projetos em negociação e espera concluir essas vendas em 2022, o que é positivo. No entanto, o Credit Suisse mantém uma visão cautelosa sobre a queima de caixa da empresa. Apesar da expectativa de queima de caixa da MRV&Co devido à expansão de suas operações e à aquisição antecipada de insumos, o valor queimado no trimestre foi superior às estimativas do banco.

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Assim, Credit reitera classificação neutra para o papel, e preço-alvo de R$ 15 frente a cotação de segunda-feira (18) de R$ 11,16, ou potencial de alta de 34%.

O Bradesco BBI também apontou que a MRV mostrou dados fracos, com grande consumo de caixa, pontua BBI

Apesar dos resultados fracos devido ao trimestre sazonalmente mais fraco e aguardando o início das reformas do programa Casa Verde Amarela, o banco ainda mantém a MRV como sua principal escolha no segmento imobiliário.

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O banco reconhece que a operação brasileira de baixa renda está lutando mais do que alguns de seus pares em termos de margens (devido aos custos de construção), embora o crescimento deva ser suportado por outras linhas de negócios da empresa – especialmente AHS e Luggo (plataforma multifamiliar que recentemente assinou um acordo com a Brookfield que quase garante a venda de R$ 1 bilhão em VGV nos próximos 3-4 anos).

A ação é negociada abaixo do valor patrimonial (0,8x), em linha com a média dos pares e abaixo de sua média histórica de 1,2x, o que analistas consideram uma avaliação justa. Assim, o banco mantém classificação outperform (desempenho acima da média do mercado) para o papel e preço-alvo de R$ 21, ou potencial de alta de 88%.

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