MRV “barata” e mais 10 ações para monitorar logo no início do pregão

As informações de que você precisa para operar bem neste pregão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a queda de 0,90% do Ibovespa na véspera, os mercados brasileiros ficarão atentos aos dados dos EUA, com atenção para o relatório de emprego e estoques de petróleo. Já no Brasil, destaque para o noticiário político e corporativo movimentado, com recomendações e balanços em destaques. Confira no que se atentar nesta quarta-feira (8):

Ações para monitorar
MRV (MRVE3): A imobiliária viu seu lucro líquido ter leve alta de 1,2% em um ano, fechando o quarto trimestre em R$ 142 milhões – ante R$ 140 milhões um ano antes. No acumulado do ano, o desempenho também teve leve melhora, subindo 1,7%, para R$ 557 milhões em 2016. Após o balanço, a ação da companhia teve a recomendação elevada de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado) pelo Credit Suisse, com preço-alvo de R$ 16,00 por papel. Em relatório, o BTG Pactual destacou que o balanço do quarto trimestre foi em linha com o esperado, enquanto o lucro líquido ficou 8% abaixo das estimativas em meio a despesas não-recorrentes mais altas do que o esperado em meio a provisões maiores do que esperada. Os analistas mantêm recomendação de compra para as ações destacando que seguem otimistas com o papel. Em entrevista para a Bloomberg, o co-presidente da companhia, Eduardo Fischer afirmou que está muito confiante de que há espaço para crescimento. “Nossa ação estava num patamar irreal. Muito, muito baixa. Eu diria que continua baixa. Tem que subir mais”, afirmou.
Construção: Enquanto a MRV foi elevada pelo Credit Suisse, o banco suíço cortou a recomendação de outras companhias do setor: a Cyrela (CYRE3) foi cortada de outperform para neutra, assim como a Eztec (EZTC3). Já a Tecnisa (TCSA3) foi cortada de neutra para underperform.
Bancos: Ainda no radar de recomendações, o Santander soltou relatório sobre as ações de bancos e elegeu o Itaú Unibanco (ITUB4) como a nova top pick, reiterando a recomendação de compra, com preço-alvo elevado de R$ 44 para R$ 49. Desbancado da posição de “favorito do setor”, o Banco do Brasil (BBAS3) teve recomendação de compra reiterada, com preço-alvo elevado de R$ 37 para R$ 40. Já o Bradesco (BBDC4) foi rebaixado de compra para manutenção, com preço-alvo cortado de R$ 40 para R$ 37.
Arezzo (ARZZ3): A empresa reportou um lucro líquido de R$ 35,8 milhões no quarto trimestre de 2016, alta de 6,87% na comparação com os R$ 33,5 milhões registrados no mesmo período do ano passado, mas abaixo da estimativa de R$ 38,7 milhões de analistas, segundo compilação da Bloomberg.
Petrobras (PETR3;PETR4): A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que a Petrobras refaça e reapresente seus balanços anuais completos de 2013, 2014 e 2015, para contemplar estornos de efeitos decorrentes da prática de contabilidade de hedge.A estatal esclarece que pode recorrer da decisão e que tomará as medidas necessárias para defesa de seus interesses. A Petrobras ainda reitera que “as demonstrações financeiras da companhia relativas aos anos de 2013, 2014 e 2015 estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como com as normas internacionais de contabilidade (IFRS) e foram auditadas por auditor independente”. Em maio de 2013, a Petrobras passou a aplicar às exportações um mecanismo conhecido como contabilidade de hedge, a fim de minimizar o impacto de oscilações cambiais em seu resultado financeiro. A CVM abriu investigação para analisar o uso da contabilidade de hedge pela estatal em abril do ano passado.
Oi (OIBR4): A operadora de telecomunicações informou que o presidente do Conselho de Administração da companhia recebeu carta de renúncia do conselheiro Rafael Mora, que será substituído por João do Passo Vicente Ribeiro. Mora era o representante no conselho da Oi da Pharol SGPS, acionista controlador da operadora brasileira que está em processo de recuperação judicial. Já o jornal O Estado de S. Paulo informa que o empresário Nelson Tanure, um dos maiores acionistas da companhia, por meio de fundo Société Mondiale e outros veículos de investimento, estaria se movimentando para ganhar maior poder na operadora, segundo fontes a par do assunto. A renúncia de Rafael Mora abriu o caminho para o empresário brasileiro na companhia, que está em recuperação judicial desde junho do ano passado. A ação fechou em leve queda de 0,96% nesta terça-feira, mas chegou a subir 10% na máxima do dia, atingindo, desta forma, seu maior patamar em bolsa desde agosto de 2015. Em 2017, o papel já subiu 83%.
Lojas Americanas (LAME4): A Lojas Americanas fixa nesta quarta o valor de sua oferta de ações. A companhia está vendendo 9,3 milhões de novas ações ordinárias e outros 142,9 milhões de papéis ordinários. Pelas condições da oferta, a venda parcial das ações não é admitida.

 

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2. Bolsas mundiais

Os mercados mundiais têm uma sessão de cautela, à espera do relatório de emprego dos EUA. Enquanto isso, os mercados europeus ficam de olho na fala do ministro da Economia do Reino Unido Philip Hammond, que apresenta a proposta de Orçamento do Estado ao Parlamento Britânico. 

Já os mercados acionários chineses recuaram nesta quarta-feira, com os papéis das empresas menores caindo em meio às preocupações sobre liquidez mais apertada. A notícia de que a China registrou inesperadamente um raro déficit comercial em fevereiro, com as importações subindo muito mais do que o esperado, não teve impacto nas bolsas do país. Depois de uma alta nesta semana liderada pelas ações do setor de tecnologia, os investidores começaram a se concentrar em fatores de longo prazo, como a situação da liquidez e estabilidade regional, enquanto digerem o fluxo de notícias da reunião anual da legislatura chinesa.

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Os líderes da China prometeram na reunião conter os riscos financeiros de um rápido aumento da dívida, e o banco central mudou de uma postura de política monetária frouxa para um viés de aperto para desencorajar os investimentos especulativos.

No mercado de commodities,  o cobre sobe em Londres e demais metais recuam, enquanto o minério de ferro se mantém perto do menor nível em um mês em Dalian. Já o petróleo WTI  cai abaixo de US$ 53 após API indicar aumento de estoques nos EUA. 

Às 8h14, este era o desempenho dos principais índices:

*FTSE 100 (Reino Unido) -0,03%

*CAC-40 (França) -0,10%

*DAX (Alemanha) +0,27%

*Xangai (China) -0,04% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,43% (fechado)

*Nikkei (Japão) -0,47% (fechado)

*Petróleo WTI -0,79%, a US$ 52,79 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dailian, estável a 662 iuanes

*Tonelada spot (à vista) negociada no porto chinês de Qingdao com 62% de pureza -2,90%, a US$ 87,19

3. Agenda de indicadores

Os mercados monitoram os estoques norte-americanos de petróleo, às 12h30, e o relatório ADP com dados do emprego no setor privado dos EUA às 10h15. Mais tarde, às 22h30, sai a inflação da China, medida pelo PPI e pelo CPI. No Brasil, atenção para os dados de produção industrial a serem revelados pelo IBGE às 9h e que devem mostrar recuo de 0,4% em janeiro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois do avanço de 2,3% da medição anterior. 

Veja a agenda completa de indicadores clicando aqui

Já na agenda do Congresso, o Senado deve votar o projeto que abre uma nova rodada de regularização de recursos não declarados mantidos no exterior, a chamada repatriação, nesta quarta-feira, afirmou o presidente Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE).  Havia expectativa que o projeto fosse votado ainda antes do feriado do Carnaval, mas diante da falta de acordo sobre o texto, senadores adiaram a análise da medida.

4. Noticiário político

As novidades sobre depoimento e delações da Odebrecht seguem dando o tom do noticiário político. Desta vez, a colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Vera Magalhães, destacou a confirmação de Marcelo Odebrecht de que Lula seria o “amigo” da planilha da empreiteira, em uma delação que promete ser arrasadora para o ex-presidente (veja mais aqui). Além disso, o Congresso fica em alerta após a decisão da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um dos inquéritos da Operação Lava Jato. Com a decisão, Raupp se torna réu no processo (veja mais aqui). 

A agenda também é movimentada tanto para o presidente da República quanto para o ministro da Fazenda nesta quarta, Michel  Temer reúne-se com Flavio Amary, presidente do Secovi-SP, 10h00, Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia, 11h00, participa da cerimônia do Dia Internacional da Mulher, 15:00, reúne-se com senador Hélio José, PMDB/DF, 16h30, com José Sartori, governador do Rio Grande do Sul, 17h30, e com Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, 18h30. 

Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles reúne-se com a bancada do PSD na Câmara dos Deputados, 9h00, participa da inauguração do escritório da Bloomberg em Brasília, 10h30, reúne-se com a bancada do PRB na Câmara dos Deputados, 12h30, com o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, e investidores nacionais e estrangeiros, 15h00, com a bancada do PP na Câmara, 16h00, com Dias Toffoli, ministro do STF, 18h00, e com Luís Roberto Barroso, ministro do STF, 19h00. Por fim, o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn concederá entrevista hoje às 11h ao Broadcast. 

5. InfoMoney TV

No Visão Macro desta semana, a economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada Alessandra Ribeiro analisa a abertura dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) de 2016 e se os indicadores antecedentes da economia relativos a 2017 já apontam para uma retomada mais forte da atividade, como espera o governo. A especialista vai comentar também as perspectivas para o IPCA de fevereiro, que será conhecido na próxima quarta-feira (10). O programa começa às 14h e você pode acompanhar a transmissão ao vivo, clicando aqui.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.