MPX despenca 9% e ajuda a derrubar as ações das outras empresas de Eike

Empresa havia recebido autorização "por equívoco" para iniciar operação comercial de térmica, mas Aneel revogou liberação; OGX, MMX e LLX também desabam

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – As ações da MPX Energia (MPXE3) recuam 8,82% por volta das 16h20 (horário de Brasília) desta quarta-feira (30), aos R$ 10,13. Em um dia extremamente negativo para o mercado, com o Ibovespa recuando 1,04%, para os 59.776 pontos, a notícia de que a térmica Maranhão IV não iniciou as operações comerciais ajuda a fazer os papéis da empresa despencarem – puxando as outras empresas de Eike Batista para o negativo.

A OGX Petróleo (OGXP3) vê as ações recuando 4,85%, aos R$ 4,52, enquanto os da MMX Mineração (MMXM3) caem 5,18% para R$ 3,48 e LLX Logística (LLXL3) tem queda de 3,39% neste horário, operando aos R$ 2,28. Fora do Ibovespa, a OSX Brasil (OSXB3) recua 2,85%, para R$ 9,54. Apenas a CCX Carvão (CCXC3) opera estável aos R$ 3,84 – a ação está imune das oscilações do mercado por conta da OPA (Oferta Pública de Aquisição) anunciada pelo seu acionista controlador, Eike Batista.

“Acredito que essa notícia impacta bastante a MPX, afinal, é uma empresa pré-operacional ainda, ela precisa entrar em operação”, avalia Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Investimentos. Ele destaca que não vê relação nenhuma das operações da MPX com o restante do grupo, mas o crescimento da aversão do risco no mercado ajuda as quedas de todas empresas “X”. “Uma crise de confiança pode acontecer, mas o mercado já estava de mau humor”, afirma.

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A empresa agora vê a térmica entrar em testes ao invés de começar a operar comercialmente, uma notícia que Pereira acredita ser muito negativa. E como se trata de uma empresa cujas ações não movimentam muito na BM&FBovespa, a falta de liquidez acaba atrapalhando. “Entra muita pressão vendedora, e acaba não tendo muito como para isso”, salienta o estrategista. Nessa sessão, os papéis movimentam R$ 39,87 milhões, quase o triplo da média diária dos 21 pregões anteriores. 

A empresa havia recebido autorização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para iniciar a operação, mas a agência tornou a liberação inválida – acreditando que o despacho havia sido “um equívoco”, dado que na própria semana passada o cronograma havia sido alterado para o mês de abril.