MPF pede adiamento da operação do porto Açu da LLX; ações caem mais de 2%

Pedido do Ministério Público Federal vem após inquérito apontar que houve salinização das águas dos rios que abastecem bairros agrícolas próximos ao porto de Eike Batista

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ministério Público Federal em Campos (RJ) propôs na véspera ação civil pública contra o grupo EBX, do empresário Eike Batista, pedindo a interrupção da dragagem do canal e o adiamento do início da operação do porto do Açu, que tem a LLX Logística (LLXL3) como responsável pelo empreendimento. 

Em reflexo, as ações da companhia abriram no negativo o pregão desta terça-feira. Às 10h29 (horário de Brasília), os papéis LLXL3 caíam 2,50%, aos R$ 2,34, enquanto o Ibovespa operava bem próximo da estabilidade, aos 60.016 pontos. 

Segundo o estudo, a areia dragada carreou grande volume de água salgada, “contaminando” a água doce. De acordo com os pesquisadores, o sistema de drenagem não funcionou de maneira adequada. 

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O pedido é consequência do inquérito que investigou a salinização das águas dos rios que abastecem bairros agrícolas próximos ao porto. Estudo de pesquisadores da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) apontou como causa a deposição da areia dragada próximo ao local de plantação e pesca. 

O MPF afirma que os pedidos visam impedir o agravamento do quadro na região. Agricultores e pescadores afirmam que suas produções foram afetadas. A licença ambiental dada à empresa permitiu a retirada de 65 bilhões de litros de areia para a abertura de um canal do porto. 

A previsão do grupo EBX é de que o porto comece a operar no segundo semestre deste ano, após sucessivos atrasos. Até meados de dezembro, 49 bilhões de litros de areia haviam sido retirados, dos quais 31 bilhões depositados próximo à lagoa Iquipari, uma das atingidas pela salinização.