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SÃO PAULO – Os Bradies, motores da intensa negociação de títulos de países emergentes nos anos 1990, estão desaparecendo. Graças à política conservadora adotada por governos antes endividados, e agora ávidos por esquecer um passado crítico.
No último final de semana foi a vez da Venezuela anunciar seus planos de recomprar Bradies no valor de US$ 3,9 bilhões. Planos que devem ser postos à prática já em março.
No início de fevereiro, o Tesouro Nacional já havia anunciado seu programa de resgate, que deve tirar cerca de US$ 6,6 bilhões em Bradies brasileiros do mercado.
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O México foi mais rápido, liquidando sua dívida em Bradies já em 2003.
Volume cada vez menor
O volume financeiro dos Brady Bonds – atualmente em cerca de US$ 50 bilhões – está em franco declínio. Resultado de dois fatores: forte liquidez internacional e evolução nos fundamentos econômicos de boa parte dos emergentes.
O que são os Bradies?
Títulos Brady foram emitidos por governos latino-americanos com o intuito de solucionar o não-pagamento de empréstimos feitos junto a bancos comerciais nas décadas de 1970 e 1980.
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Seu nome se deve a Nicholas Brady, secretário do Tesouro norte-americano na época. Foi ele quem encontrou uma fórmula para permitir que as nações endividadas negociassem seu passivo de bilhões de dólares no mercado internacional de maneira mais líquida.