Moody’s reafirma rating do Brasil em “Ba2” e mantém perspectiva estável

"Perspectiva reflete expectativas de que as reformas e de política monetária realizadas são estruturais por natureza e serão em grande parte preservadas"

Equipe InfoMoney

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A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta terça-feira (12) que manteve em Ba2 os ratings de emissor de longo prazo e os ratings seniores sem garantia de longo prazo dos títulos de dívida do governo do Brasil e os ratings shelf sem garantia em (P)Ba2. A perspectiva para os ratings permanece estável.

Os principais fatores para a afirmação dos ratings são: 1) mudanças estruturais nas políticas fiscal e monetária que apoiarão o desempenho econômico e a consolidação fiscal nos próximos anos; 2) a melhora do desempenho fiscal, que mitiga o impacto do aumento das taxas de juros na dinâmica da dívida e 3) a forte posição externa e as reservas em moeda estrangeira apoiam o perfil de crédito do Brasil.

“A perspectiva estável reflete as expectativas da Moody’s de que as reformas fiscais e de política monetária realizadas recentemente são estruturais por natureza e serão em grande parte preservadas, contra o risco de derrapagem fiscal e o impacto do fraco crescimento sobre a consolidação fiscal”, destaca a agência.

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Os tetos para os ratings da dívida do Brasil permanecem. O teto para a dívida em moeda local está posicionado quatro níveis acima do rating soberano, em Baa1, e reflete a escala e a diversificação da economia brasileira e os limitados desequilíbrios externos e riscos macroeconômicos, assim como a forte presença do governo na economia. Posicionado um nível abaixo, o teto em moeda estrangeira de Baa2 reflete a política cambial eficaz e as amplas reservas em moeda estrangeira, o que indica que o risco de restrições de transferência e convertibilidade em momentos de estresse continua contido.

Segundo a agência, o governo cumpriu em grande medida o teto de gastos no ano passado, o que levou a uma rápida redução das despesas em relação aos níveis excepcionalmente elevados de 2020.

Além disso, o avanço das reformas estruturais, entre as quais a aprovação da independência do Banco Central e o desinvestimento de ativos do governo e o crescimento da participação do setor privado no investimento em infraestrutura melhorarão o ambiente de negócios, destaca a Moody’s.

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Contudo, apesar de uma forte recuperação da pandemia, com um crescimento real de 5% do PIB em 2021, a Moody’s espera que o crescimento sofrerá uma desaceleração considerável em 2022 devido ao aperto das condições financeiras e ao enfraquecimento do consumo, uma vez que a inflação elevada mina o poder de compra.

A agência avalia ainda que a confiança do consumidor relativamente contida antes das eleições presidenciais afeta as decisões de investimento de curto prazo.

“No entanto, há um potencial de alta para o desempenho do crescimento no médio prazo tendo em vista a forte recuperação do investimento privado em 2021 e novos compromissos de investimentos em projetos de infraestrutura nos próximos anos”, aponta.

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