Monsanto busca acordos com Basf e Bayer, dizem fontes

A Monsanto abordou seu parceiro favorito, a Basf, para tratar da compra de sua divisão de ciências agrícolas e para a formação de parcerias, segundo pessoas, que pediram anonimato

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Após perder a batalha pela Syngenta, a Monsanto tem estudado possíveis acordos com as alemãs Basf e Bayer em um momento em que a empresa de sementes dos EUA busca reforçar sua posição em meio à consolidação do setor, segundo relatos dados à Bloomberg por pessoas com conhecimento do assunto.

A Monsanto abordou seu parceiro favorito, a Basf, para tratar da compra de sua divisão de ciências agrícolas e para a formação de parcerias, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas. Não foi fechado nenhum acordo com a empresa com sede em Ludwigshafen, Alemanha, disse uma das pessoas.

As negociações da Monsanto com a fabricante de medicamentos Bayer se concentraram em aquisições de ativos ou joint ventures e os executivos se reuniram recentemente em Chicago, disseram as pessoas. As conversas tiveram como foco a compra, pela empresa dos EUA, de duas unidades de ciências agrícolas da Bayer, inclusive para safras de algodão, disse uma das pessoas. As discussões estão em andamento, disseram as pessoas, e poderão se expandir para a aquisição de toda a divisão de ciências agrícolas da Bayer, disse uma delas. A Reuters reportou anteriormente as negociações com a Bayer.

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As ações da Bayer chegaram a subir 5,4 por cento, maior elevação desde 25 de agosto, e eram negociadas em alta de 4,2 por cento, a 103,45 euros, às 10h35 em Frankfurt. A Basf subiu 1,1 por cento, para 67,20 euros.

Importância na consolidação

As discussões da Monsanto com a Bayer, que tem sede em Leverkusen, Alemanha, aumentariam suas chances de ganhar importância na consolidação do setor e também exerceriam pressão por negociações sobre a Basf, disseram as pessoas.

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Representantes da Monsanto, da Bayer e da Basf preferiram não comentar.

A Monsanto e as duas empresas químicas alemãs foram deixadas para trás depois que as concorrentes americanas Dow Chemical e DuPont anunciaram uma fusão de US$ 130 bilhões em dezembro e que a China National Chemical Corp. fechou acordo para compra da suíça Syngenta por mais de US$ 43 bilhões em fevereiro. A abordagem malsucedida da Monsanto, que tem sede em St. Louis, para a compra da Syngenta, no ano passado, provocou ondas em todo o setor porque os outros grandes fornecedores de herbicidas, sementes geneticamente modificadas e outros produtos correram para calcular as implicações de uma fusão do tipo.

A Monsanto está em “uma posição relativamente fraca e está estudando tudo o que ainda está disponível”, disse Ulle Woerner, analista do Landesbank Baden-Wuerttemberg, por telefone. A Monsanto vem cooperando com a Basf em algumas áreas há anos, “ou seja, se conhecem muito bem”.

Antes da combinação da Syngenta com a estatal ChemChina, a Basf também discutiu várias opções, incluindo aquisição integral e parcial de seu par suíço e possivelmente até mesmo uma união com a Monsanto, disseram anteriormente pessoas informadas sobre o assunto.

As moedas mais fracas estão prejudicando as receitas da Monsanto nos mercados estrangeiros, enquanto o declínio de commodities agrícolas como milho e soja reduziu os lucros dos produtores rurais, levando-os a cortar gastos. A Bayer, conhecida por ter inventado a aspirina há mais de um século, reportou lucros abaixo das estimativas em fevereiro devido ao declínio da divisão agrícola.

(Com Bloomberg)