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Nesta segunda-feira, 2 de junho de 2025, o dólar à vista encerrou o pregão em baixa de 0,81%, cotado a R$ 5,6740, refletindo a aversão global ao risco após novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio de possíveis aumentos nas tarifas sobre aço e alumínio reacendeu temores de uma escalada nas tensões comerciais, levando investidores a se desfazerem de ativos denominados em dólar e a buscarem refúgio em moedas de mercados emergentes, como o real. No cenário interno, a valorização do real foi limitada pelas incertezas fiscais, especialmente após declarações do governo sobre a necessidade de aumento do IOF para equilibrar as contas públicas, o que gerou preocupações quanto à articulação política e à sustentabilidade fiscal.
Para os traders que operam o minidólar, o ambiente atual requer atenção. A volatilidade observada no mercado cambial, influenciada por fatores internos, como mudanças fiscais e tributárias, e externos, como as políticas econômicas dos EUA, pode gerar oportunidades, mas também riscos. Monitorar de perto os desdobramentos dessas questões e os indicadores econômicos será fundamental para embasar as estratégias de negociação no pregão seguinte.
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Os contratos de minidólar (WDON25), com vencimento em julho, encerraram a última sessão em queda de 0,96%, aos 5.713,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
A sessão anterior foi marcada por pressão vendedora, com o minidólar fechando no campo negativo e rompendo as médias de 9 e 21 períodos, que agora atuam como resistência dinâmica.
O movimento sugere que, para seguir com o viés de baixa, será fundamental observar a perda do suporte imediato em 5.709/5.701,5 pontos. Caso essa região seja rompida, o mercado tende a acelerar o movimento vendedor em direção aos suportes seguintes, em 5.678/5.672 pontos, e, na sequência, a um alvo mais longo na faixa de 5.651/5.638,5 pontos, onde existe uma base técnica mais robusta.
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Por outro lado, uma possível reação altista no curtíssimo prazo dependerá da superação da resistência em 5.717/5.722 pontos. Se o ativo romper essa faixa, poderá buscar a resistência intermediária em 5.743/5.760 pontos, e, caso haja continuidade do fluxo comprador, o alvo seguinte se encontra entre 5.770/5.777,5 pontos.
No gráfico diário, o cenário também perdeu força. O minidólar voltou a trabalhar abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que reforça a leitura de enfraquecimento do viés altista de curto prazo.
Para tentar recuperar força, o ativo precisaria romper a região de 5.726/5.745 pontos, que, se superada, destravaria espaço para buscar a resistência mais relevante em 5.777,5 pontos.
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Por outro lado, a manutenção do viés de baixa no diário depende da perda da faixa de 5.701,5/5.672 pontos. Abaixo desse patamar, o mercado pode acelerar em direção a níveis mais baixos.
O IFR (14) no diário está em 46,95, refletindo um mercado mais neutro, porém ligeiramente inclinado para a ponta vendedora.

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Dólar futuro (WDON25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o cenário técnico reforça os sinais de cautela. O minidólar encerrou a última sessão negociando abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que mantém o ativo pressionado e tecnicamente mais frágil no curto prazo.
Para uma retomada altista, será necessário romper, inicialmente, a resistência em 5.721/5.745 pontos. Se esse rompimento acontecer, o mercado pode mirar resistências mais fortes em 5.770/5.788 pontos, e, posteriormente, buscar a faixa de 5.818 pontos, com alvo mais longo na região de 5.830 pontos.
Por outro lado, caso o movimento vendedor se intensifique, a perda do suporte em 5.701,5/5.679 pontos deverá acelerar o fluxo de vendas, levando o ativo aos próximos suportes em 5.651/5.638,5 pontos, e, em caso de queda mais forte, ao patamar de 5.585/5.561 pontos, que representa uma região de suporte mais ampla e relevante.
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(Rodrigo Paz é analista técnico)
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