Mineradores de Bitcoin sentem alívio com queda no preço da energia e alta da criptomoeda

A média mensal de receitas provenientes da atividade atingiu o nível mais alto desde junho do ano passado

Equipe InfoMoney

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Os mineradores de Bitcoin (BTC) estão finalmente sentindo um alívio depois de um período difícil, graças à redução nos custos de energia e à valorização da criptomoeda para mais de US$ 30 mil este ano.

A média mensal de receitas de mineração aumentou para US$ 27,34 milhões por dia, o nível mais alto desde junho do ano passado, de acordo com dados da Blockchain.com.

Na maior parte do segundo semestre do ano passado, as receitas haviam recuado para entre US$ 15 milhões e US$ 21 milhões. O pico ocorreu em novembro de 2021: US4 61,2 milhões.

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“Muitas mineradoras de capital aberto estavam à beira da falência no final do ano passado. Com o preço atual do Bitcoin, os fluxos de caixa dessas empresas melhoraram substancialmente e a maioria delas não deve ter problemas para pagar suas obrigações”, disse Jaran Mellerud, analista da empresa de serviços de mineração de Bitcoin Luxor.

A relação entre dívida e capital das mineradoras agora parece muito mais saudável, disse Mellerud, acrescentando que muitas empresas se reestruturaram e pagaram dívidas nos últimos meses.

A relação dívida/capital da Marathon Digital Holdings (MARA) caiu de 2 para 0,5 desde o início deste ano, por exemplo, enquanto na Greenidge Generation Holdings (GREE) a proporção caiu de 11,7 para 5,8, segundo dados da Luxor.

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Entre os maiores nomes do setor, Marathon e Riot Platforms (RIOT) viram o preço de suas ações mais do que triplicar este ano, enquanto o Valkyrie Bitcoin Miners ETF (WGMI) subiu 162% e os papeis da Greenidge se valorizaram 137%. Mas, todas as empresas ainda acumulam prejuízo desde o início de 2022.

A mineração de Bitcoin é o processo pelo qual uma rede de computadores valida um bloco de transações na rede blockchain. Os mineradores são recompensados com bitcoins por completar um bloco, competindo contra outros mineradores ao resolver complexos quebra-cabeças matemáticos por meio do uso de sistemas de computação que fazem uso intensivo de energia.

Quedas nos preços da eletricidade, principalmente nos Estados Unidos, aliviaram a pressão sobre as margens das empresas, de acordo com analistas do BTIG, que disseram que o custo da energia para produzir um BTC caiu cerca de 40% em relação ao final do ano passado.

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Fora de perigo?

Porém, os mineradores não estão tranquilos, diante da volatilidade dos preços da criptomoeda.

“Esperamos ver mais volatilidade à medida que nos aproximamos de meados do ano”, disse Kevin Kelly, chefe de pesquisa da Delphi Digital. Ele afirmou que espera um cenário favorável para criptomoedas ao longo de 2023.

Apesar das melhorias em seus balanços, muitas mineradoras ainda têm muitas dívidas para pagar e estão enfrentando dificuldades, disse Mellerud, da Luxor.

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“O aumento do preço do Bitcoin deu tempo a essas empresas, mas será ruim se cair para US$ 20 mil”, disse ele.

“Não acho que estamos completamente fora de perigo, mas acho que o pior já passou”, disse Marcus Sotiriou, analista da corretora de ativos digitais GlobalBlock.

(Com informações da Reuters)