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SÃO PAULO – Muitas micro e pequenas empresas procuram e necessitam de linhas de crédito especiais, com baixas taxas de juros, prazos curtos para pagamento e valores na medida para compor eventuais problemas com o capital de giro da empresa.
Por desconhecerem que esse tipo de linha de crédito existe e está disponível para a grande maioria das MPEs, muitos micro e pequenos empresários ou apelam para linhas de crédito mais caras, ou passam dificuldades junto com suas empresas, correndo o risco de serem obrigados a encerrar suas atividades.
Saber o que se precisa, mas não conhecer a solução
Em uma recente pesquisa do Sebrae feita com mais de 400 micro e pequenos empresários do estado de São Paulo, 77% afirmaram procurar empréstimos com taxas de juros de até 2% ao mês, 66% querem pagar os empréstimos em menos de 30 meses, 52% querem tomar emprestado até R$ 10 mil e 55% precisam desse capital para reforçar o capital de giro de suas empresas.
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Essa necessidade leva um grande número de micro e pequenos empresários a tomarem empréstimos bancários, muitas vezes em seu próprio nome, em formas mais caras como cheque especial e empréstimos pessoais, tornando ainda mais difícil o dia-a-dia da empresa. Outros, ainda, atrasam o pagamento de fornecedores e tributos, arcando com a suspensão de fornecimento de insumos, produtos e serviços.
Microcrédito é a melhor solução
O microcrédito é um tipo de linha de crédito desenvolvido especialmente para atender às necessidades das MPEs, considerando suas condições financeiras e sua realidade, sendo caracterizado por empréstimos de valores pequenos, com taxas de juros menores e com menor prazo para pagamento, podendo também ser utilizado por empreendedores informais.
Apesar da existência da necessidade desse tipo de linha de crédito e da própria linha de crédito, 74% dos micro e pequenos empresários que participaram da pesquisa do Sebrae afirmaram conhecer muito pouco ou nem ao menos ter conhecimento do microcrédito.
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A pesquisa mostra uma realidade ainda mais complicada. Enquanto 64% dos empresários se viram obrigados a usar recursos pessoais ou de amigos e parentes para quitar contas de suas MPEs, somente 6% já haviam tomado alguma forma de microcrédito.
Falta de informação é o problema
Uma das principais causas do alto índice de mortandade de MPEs no Brasil nos primeiros anos, ou mesmo meses, de vida é a falta de informação dos candidatos a micro e pequenos empresários, desde o momento de considerar o tipo de negócio que querem até como gerir a MPE.
Buscar por capacitação gerencial é uma necessidade para a sobrevivência das MPEs e cabe ao empresário ser curioso e pesquisar, procurar centrais de apoio às micro e pequenas empresas como o Sebrae de seu estado, pesquisar na Internet e procurar aprender com a experiência de micro e pequenos empresários de sucesso, além, é claro, de se manterem informados sobre o que acontece no Brasil e no mundo.
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Não há nenhuma estatística oficial ou mesmo extraoficial sobre o número de MPEs com grande potencial de sucesso que tiveram de fechar suas portas simplesmente porque precisavam de linhas de crédito baratas e de pequeno vulto por um tempo determinado e não souberam onde recorrer.
