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SÃO PAULO – O banco de investimentos MF Global Holdings e sua subsidiária MF Global Finance USA entraram com pedido de proteção à falência na corte de Manhattan nesta segunda-feira (31), após conduzir sem sucesso negociações para a venda da holding. O pedido foi realizado sobre o capítulo 11, no qual geralmente a companhia é reestruturada de modo a manter o funcionamento da empresa e a pagar os credores ao longo do tempo.
A instituição é comandada por Jon Corzine, ex-CEO do Goldman Sachs, e já havia reportado perdas substanciais no terceiro trimestre deste ano, em um valor negativo de US$ 191,6 milhões, após se expor a papéis da dívida de países europeus. Do final de junho deste ano ao término de setembro a dívida saltou de US$ 767,3 milhões para US$ 1,21 bilhão.
Logo após a divulgação do resultado, a Moody’s e a Fitch Ratings anunciaram o corte no rating de longo prazo da instituição. “(…) o corte reflete a nossa visão de que a fraca lucratividade da MF Global contribuiu para que tomasse riscos substanciais na forma de exposição à divida soberana europeia em países periféricos”, declarou a Moody’s na época.
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Segundo relatório de resultados da companhia, ao final do período de julho a setembro a companhia possuía uma exposição de US$ 6,29 bilhões em títulos da Irlanda, Portugal, Bélgica, Espanha e Itália, sendo esta a de maior relevância, representando US$ 3,21 bilhões.
JP Morgan e Deutsche Bank entre credores
Conforme publicado na imprensa internacional, o relatório preenchido na corte de Manhattan nesta segunda-feira prevê uma dívida total de US$ 39,7 bilhões e ativos de US$ 41 bilhões. Deste montante devido pela instituição, o JP Morgan é um dos maiores credores, com US$ 1,2 bilhão em dívida, assim como o Deutsche Bank possui mais de US$ 1 bilhão em títulos para vencer em 2016 e 2018.
Desta forma, as negociações das ações da empresa foram interrompidas em Nova York, assim como o Federal Reserve de Nova York também suspendeu as atividades com a MF Global.
