Metalúrgica Gerdau afunda 45% e “só” 3 ações sobem mais de 10% em julho

Com alta de mais de 10% no Ibovespa, somente Energias do Brasil, Klabin e BRF, ambas que reportaram balanços acima do esperado no 2° tri

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em queda pelo seu quarto mês neste ano, acumulando no período perdas de 4,18%. Do índice, 16 das 66 ações encerraram com queda superior a 10%, enquanto do lado positivo apenas Energias do Brasil (ENBR3), Klabin (KLBN11) e BRF (BRFS3) subiram mais de 10%. Três empresas que soltaram balanços bem recebidos pelo mercado no final desse mês. Para conferir as maiores altas e quedas do mês, clique aqui

Energias do Brasil surpreendeu o mercado e entregou um lucro líquido de R$ 744 milhões no segundo trimestre, contra R$ 184 milhões no mesmo período de 2014. O Bradesco BBI ressaltou que os números da companhia vieram significativamente acima do consenso, registrando um efeito contábil importante em razão da compra da fatia remanescente de 50% do Pecém TPP e melhora operacional. 

Também trouxe um bom balanço a Klabin, com alta anual de 21% no lucro líquido do segundo trimestre. A Citi Corretora ressaltou que a habilidade da companhia em navegar pelo ambiente macroeconômico desafiador no Brasil, dado seu perfil exportador, que se beneficia da alta do dólar. Vale mencionar que a ação se destacou na Bolsa neste mês frente aos seus pares Suzano (SUZB5) e Fibria (FIBR3), papéis que subiram apenas 0,97% e 6,88%, respectivamente. A Fibria também soltou balanço no período, enquanto a Suzano reportará os números na segunda semana de agosto. 

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Completa o pódio do Ibovespa as ações da BRF (BRFS3), que subiram 9,75% no mês. A companhia também foi outra que reportou bons números no segundo trimestre. Favorecida principalmente pelo desempenho das operações internacionais, a dona das marcas Sadia e Perdigão encerrou o período com lucro líquido de R$ 363 milhões (atribuído aos sócios da empresa controladora), um aumento de 36% na comparação com o mesmo período de 2014. Em relatório hoje, o Credit Suisse comentou que, mesmo negociando em múltiplos elevados, há um potencial de valorização bastante interessante para a ação em função das melhorias operacionais, crescimento, liderança nos mercados em que atua. A depreciação do real frente ao dólar também joga a favor da empresa, comentaram os analistas. 

E do lado negativo….
Já entre as quedas, destaque para as ações da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Gerdau (GGBR4), que caíram 45,05% e 21,23%, respectivamente, em meio ao pessimismo sobre o setor siderúrgico e o anúncio da companhia de reestruturação de suas operações, que gerou grandes incertezas no mercado.

Chamou atenção também as ações da Rumo (RUMO3), que perderam pela primeira vez em sua história o patamar de R$ 1,00 neste mês, fechando o pregão de hoje cotadas a R$ 0,91. No mês, os papéis caíram 28,3%. 

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Caíram forte também no período os papéis das educacionais, em meio ao anúncio do governo de corte adicional no orçamento para o setor. Kroton (KROT3) e Estácio (ESTC3) afundaram cerca de 20% no mês. Além delas, destaque para os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), que caíram 17% no período. As ações preferenciais chegaram a cair para baixo de R$ 10,00 no mês, mas retomaram parte das perdas nesta semana.