Meta tem lucro abaixo do esperado após encargo fiscal de US$ 16 bi e ações caem forte

Excluindo a despesa, a Meta disse que seu lucro líquido no terceiro trimestre teria aumentado em US$ 15,93 bilhões, para US$ 18,64 bilhões

Agências de notícias

Smartphone com o logotipo do Facebook é visto na frente do logotipo da Meta, em ilustração de 28/10/2021. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)
Smartphone com o logotipo do Facebook é visto na frente do logotipo da Meta, em ilustração de 28/10/2021. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

Publicidade

A Meta, dona do Facebook e Instagram, registrou uma despesa extraordinária de quase US$ 16 bilhões no terceiro trimestre relacionada ao projeto de lei Big Beautiful Bill, do presidente dos EUA, Donald Trump, e afirmou que seus investimentos de capital no próximo ano serão “notavelmente maiores” do que em 2025.

As ações da empresa caíam mais de 7% após o fechamento do mercado.

Excluindo a despesa, a Meta disse que seu lucro líquido no terceiro trimestre teria aumentado em US$ 15,93 bilhões, para US$ 18,64 bilhões, em comparação com o lucro líquido reportado de US$ 2,71 bilhões.

Análise de Ações com Warren Buffett

A empresa de mídia social agora espera que seus investimentos de capital fiquem entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões, em comparação com a previsão anterior de US$ 66 bilhões a US$ 72 bilhões.

A Meta continua se beneficiando de sua enorme base de usuários. A poderosa plataforma de anúncios da empresa, otimizada por IA, ajuda os profissionais de marketing a automatizar campanhas, melhorar a qualidade dos anúncios em vídeo, traduzir anúncios e gerar imagens personalizadas para atingir diferentes segmentos de clientes.

A empresa lançou anúncios em sua plataforma de mensagens WhatsApp e na rede social Threads, competindo diretamente com plataformas como o X, de Elon Musk, enquanto o Reels do Instagram continua a disputar a receita publicitária no mercado de vídeos curtos com o TikTok, da ByteDance, e o YouTube Shorts.

Continua depois da publicidade

A Meta tem investido fortemente em IA, com o objetivo de alcançar a superinteligência, um marco teórico em que as máquinas poderiam superar os humanos em raciocínio.

Para isso, a Meta reorganizou seus esforços em IA sob a unidade Superintelligence Labs em junho, após a saída de funcionários seniores e a má recepção de seu modelo Llama 4.

O CEO Mark Zuckerberg liderou pessoalmente uma agressiva onda de contratações de talentos e afirmou que a empresa investiria centenas de bilhões de dólares na construção de diversos data centers de IA de grande porte para a superinteligência. A empresa está entre as principais compradoras dos cobiçados chips de IA da Nvidia.

Na semana passada, a Meta fechou um acordo de financiamento de US$ 27 bilhões com a Blue Owl Capital, o maior acordo de capital privado da história da empresa, para financiar um enorme projeto de data center em Richland Parish, Louisiana, conhecido como “Hyperion”.

Em uma medida surpreendente, a Meta anunciou na semana passada que cortará cerca de 600 vagas de seus milhares de funcionários na unidade de IA para otimizar a tomada de decisões e aumentar a responsabilidade, o escopo e o impacto de cada função.

Os investimentos agressivos da empresa em IA estão criando pressões significativas sobre os custos, mesmo com a expectativa de benefícios a longo prazo e crescimento da receita.

Continua depois da publicidade

Grandes empresas de tecnologia, incluindo Alphabet, Amazon.com, Meta, Microsoft, e CoreWeave, devem investir US$ 400 bilhões em infraestrutura de IA este ano, segundo estimativas do Morgan Stanley.

Esses investimentos, que ocorrem em meio à incerteza econômica, alimentaram os temores de uma bolha da IA, pressionando os CEOs a apresentarem resultados mensuráveis, já que a medida pode desencadear prejuízos, cortes de empregos e mudanças drásticas nos conselhos administrativos.

(com Reuters)

Continua depois da publicidade