Meta se junta a consórcio que luta para remover patentes do mercado de criptomoedas

A entrada na organização ocorre no mesmo momento em que o ex-Facebook encerra seu projeto Diem

CoinDesk

Fonte: Chesnot/Getty Images

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A Meta, ex-Facebook, está se juntando à “Crypto Open Patent Alliance” (COPA), um consórcio de empresas de tecnologia e criptomoedas liderado pela Block, companhia de pagamentos de Jack Dorsey anteriormente conhecida como Square.

A Meta se juntará a mais de duas dúzias de outras empresas que, ao ingressar na COPA, se comprometeram a não fazer valer suas “principais patentes de criptomoedas” – amplamente definidas por Max Sills, gerente geral da COPA, como qualquer “tecnologia que permita a criação, mineração, armazenamento, transmissão, liquidação, integridade ou segurança de criptomoedas.”

A mudança ocorre no mesmo momento em que a Meta encerra seu projeto Diem, e supostamente vende a propriedade intelectual da iniciativa para o Silvergate Bank por US$ 200 milhões para pagar os investidores.

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Ao criar uma aliança e exigir que as empresas membros compartilhem suas patentes com a biblioteca coletiva da COPA, o objetivo do consórcio é incentivar a inovação relacionada à blockchain, reduzindo a probabilidade de litígios de patentes e, de acordo com Dorsey, “ajudar a comunidade cripto a se defender de agressores de patentes e trolls (empresas ou indivíduos que compram patentes e entram na Justiça contra supostos infratores de propriedade intelectual)”.

Em 2021, a COPA entrou com uma ação contra Craig Wright – o cientista da computação australiano que afirma, sem provas, ser o inventor do Bitcoin (BTC) – por causa de suas tentativas de garantir os direitos autorias sobre o whitepaper do Bitcoin, um problema que atormenta a comunidade cripto há anos.

Segundo Sills, a Meta é a maior detentora de patentes que ingressou na COPA até hoje.

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“Isso significa que a criptomoeda está se tornando uma tecnologia central para empresas de todos os setores”, escreveu Sills por e-mail para o CoinDesk.

Quando perguntado se as patentes do Diem seriam incluídas no momento do ingresso da Meta no COPA, Sills disse o seguinte: “Inclui todas as principais patentes de tecnologia de criptomoedas da Meta presentes no portfólio da empresa”.

Não está claro se o acordo também se estenderá à Associação Diem, organização que reúne pessoas interessadas em construir um sistema de pagamento baseado em blockchain.

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Além do Diem (então Libra), que estava ligada a um grupo de apoiadores corporativos, a Meta também tem a Novi, uma carteira digital lançada inicialmente com o nome de Calibra. O chefe da Novi, David Marcus, deixou a empresa no início deste mês. No final do ano passado, a Novi colocou no mercado um serviço de teste com a stablecoin USDP da plataforma Paxos.

Sills disse ao CoinDesk que a Meta se comprometeu a ingressar na COPA em novembro de 2021.

Shayne O’Reilly, que lidera o grupo de licenciamento e transações da Meta, representará a empresa no conselho de administração da COPA, transformando a companhia no sexto membro votante do conselho do consórcio.

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O’Reilly se juntará a Brittany Cuthbert, da Coinbase; Steve Lee, da Square; Dan Robinson, da empresa Paradigm; Jerry Brito, do grupo de advocacia Coin Center; e Martin White, chefe de litígios da Square e presidente do conselho da COPA.

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