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Ibovespa fecha em queda de 0,19%: por que a meta de crescimento chinês não animou?

Investidores no exterior continuam cautelosos, aguardando a publicação de dados macroeconômicos e falas do presidente do Fed

Equipe InfoMoney

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As promessas pouco convincentes de crescimento ao redor de 5% da China em 2024 geram cautela nos mercados de ações, e o Ibovespa operou perto da estabilidade nesta terça-feira (5), fechando com leve queda de 0,19%, aos 128.098 pontos.

O principal indicador da B3 chegou a subir, mas o movimento não convenceu, em meio ao recuo dos juros futuros no Brasil e dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, dado o dia negativo dos índices de ações de Nova York e diante da cautela com a meta de crescimento em torno de 5% da China. Com isso, seguiu na faixa dos 128 mil pontos da abertura.

“A China ainda pode anunciar uma injeção forte de capital, mas até agora não se viu nada neste sentido. Então, não empolga”, avalia Yuri Landim, especialista em renda variável Da WIT Invest.

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Pesou o recuo das ações da Vale (VALE3)., com queda de 1,32% Além da questão da China, o BTG Pactual rebaixou a recomendação da mineradora para neutra, com preço-alvo de US$ 16 por American Depositary Receipt (ADR).

Os índices de ações de Nova York caíram, no aguardo da divulgação de dados de atividade dos Estados Unidos e antes dos discursos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, no Congresso amanhã e na quinta-feira. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 1,04%, 1,02% e 1,65%. Na Europa as bolsas tiveram quedas, em meio ainda a resultados divergentes de indicadores de atividade da região.

“Os mercados estão à espera de dados de emprego dos Estados Unidos nesta semana e do discurso do presidente do Fed. É um ponto importante a se observar”, diz o especialista em renda variável Da WIT Invest, ressaltando que a expectativa é que as divulgações deem sinais sobre o início da queda dos juros americanos.

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O petróleo Brent caiu 0,89%, a US$ 82,06, puxando as ações da Petrobras (PETR4), com as preferenciais fechando com menos 0,30% A estatal informou ontem que a sua diretoria de Governança e Conformidade concluiu a apuração sobre possíveis interferências de dois de seus diretores na tramitação do procedimento que gerou a celebração do contrato de tolling com a Unigel, e concluiu pela não confirmação de irregularidades nesse sentido. A Petrobras vai divulgar seu balanço trimestral, na quinta-feira.

Ontem, o Ibovespa fechou bem próximo da mínima intraday. Encerrou a sessão com queda de 0,65%, aos 128.340,54 pontos.

Na China, Pequim estabeleceu na abertura do Congresso Nacional do Povo uma meta de crescimento econômico de cerca de 5% para 2024.

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A percepção dos investidores, conforme avalia em nota o Bradesco, é de que será difícil cumprir a meta de crescimento estipulada, dado o cenário econômico chinês atual e a frustração, por ora, com as medidas de estímulos.

No Brasil, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou baixa de 0,31% em janeiro ante recuo de 0,20% em dezembro. “Essa deflação é bem vista, pois é esperado que essa queda dos preços ao produtor se reflita no consumidor. Isso corrobora para a continuidade do arrefecimento da inflação”, avalia Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.

O dólar subiu 0,16% frente ao real, a R$ 4,955 na compra e a R$ 4,956 na venda. O câmbio também repercute a cautela de investidores antes do dado de empregos norte-americano e de falas de Jerome Powell.

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(com Estadão Conteúdo)