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Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, comandou o programa Morning Call da XP nesta quarta (9) e lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aliados insistiam antes mesmo de assumirem o governo da necessidade de diminuir a taxa futuras de juros nos Estados Unidos, principalmente a de 10 anos.
O objeto central com isso é abaixar os custos de empréstimos para os americanos. Mas não é que está acontecendo. Os rendimentos das Treasury de dois anos e dez anos continuam subindo – e bem.
Clima de aversão ao risco
“Tudo começou com (Scott) Bessent, (Elon) Musk e Trump querendo reduzir a taxa de juros de longo prazo. Eles não estão conseguindo quando as Treasuries voltam a trabalhar acima de 4,40%”, ressalta Figueredo.
Scott Bessent, atual Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, e o bilionário Elon Musk foram alguns que reverberavam antes da posse de Trump da necessidade de os juros futuros cairem.
“Isso me deixa aflito com novas situações que podem vir à frente”, afirmou ele. Raphael Figueredo, conhecido como Rafi, cita a necessidade redobrada de acompanhar as Treasuries de 10 anos, que é referência global na tomada de decisão dos investidores.

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“O clima de aversão ao risco segue”, disse. Para ele, a notícia pela manhã de que a China retaliou os Estados Unidos, após sofrer nova taxação, cria um cenário ainda mais difícil.
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“A pergunta que fica é quem vai ceder primeiro”, apontou. “Segue o jogo de ameaças e discursos e isso para o mercado vira uma incerteza”, ressaltou.
“Quando se tem risco, o mercado ajusta isso imediatamente no preço. Já a incerteza, ele não consegue fazer isso”, explicou.
Rafi vê o mercado trabalhando nos extremos, o que faz com que VIX, o índice que calcula a volatilidade implícita no S&P 500, suba. “Isso mostra que o mercado está negociando nos seus extremos”, afirmou. “É um ritmo para lá de delicado”, acrescentou.