Mesmo com temores sobre abismo fiscal, Ibovespa deve buscar mais uma alta

Incerteza com questão política fiscal dos EUA deve trazer mais volatilidade, mas expectativa é que mercado caminhe no positivo, com destaque para indicadores brasileiros

Paula Barra

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SÃO PAULO – O último pregão da semana passada conseguiu trazer um otimismo renovado para o mercado, depois que os Estados Unidos apresentaram a menor taxa de desemprego desde dezembro de 2008. O Ibovespa fechou a sessão em alta de 1,44%, aos 58.487 pontos, a maior pontuação em um mês.

O Relatório de Emprego norte-americano mostrou resultados melhores do que o esperado pelo mercado no mês de novembro, revelando que a geração líquida de empregos no setor privado não chegou a perder fôlego de maneira significativa, mesmo com o aumento das preocupações com o possível impacto adverso do abismo fiscal sobre o ambiente macroeconômico do país, apontou a LCA Consultores.

Apesar dessa melhora no humor dos investidores, o “fiscal cliff” ainda segue como tema central nas discussões do mercado, intensificado pelas manifestações públicas divergentes do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do líder da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner.

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O fator volatilidade
Essa incerteza com a questão política fiscal norte-americana deve trazer mais volatilidade para o mercado, mas Mitsuko Kaduoka, diretora de análise de investimentos da Indusval & Partners Corretora, acredita que o Ibovespa pode ter forças para alcançar patamar mais alto até o final do ano.

A perspectiva é que o mercado engate novos ganhos, mas ainda é melhor manter certa cautela até que os líderes norte-americanos entrem em um consenso sobre o abismo fiscal. Republicanos e democratas têm que formar um consenso sobre a política fiscal dos EUA até o dia 21 de dezembro. 

Na agenda desta sessão, os investidores devem acompanhar principalmente os indicadores econômicos domésticos, com destaque para a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e o boletim Focus, que traz semanalmente as projeções do mercado para a economia brasileira.