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Mesa proprietária como trampolim: a visão de Eduardo Melo no trading

Trader explica como usou a mesa para crescer sem se prender a ela

Bruno Nadai

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Com o aumento das mesas proprietárias no Brasil, cada vez mais traders buscam alternativas para começar com pouco capital. Para Eduardo Melo — conhecido como EDUca Trader —, essa pode ser uma boa porta de entrada, desde que usada com responsabilidade.

Convidado do episódio 245 do programa GainCast, ele relembrou o início da trajetória e explicou por que considera as mesas proprietárias uma etapa útil, mas passageira, na formação de um trader. 

Melo conta que, antes de conquistar autonomia financeira, chegou a operar com recursos limitados, o que o levou a buscar alavancagem em uma mesa proprietária.

“Às vezes a pessoa não tem o capital necessário, e isso traz muito risco. A gente vê muita gente colocando no mercado financeiro um dinheiro que não pode perder — e esse é o segredo do fracasso”, afirma.

O início com capital reduzido

No início da carreira, Melo tentava expandir os ganhos operando com valores baixos, o que o colocava sob pressão constante.

“Comecei a operar com US$5.000 e o primeiro stop que eu tomei foi de US$600. Aquilo me doeu tanto que eu travei, mesmo operando bem eu não conseguia mais fluir”, relembra.

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Foi nesse contexto que teve o primeiro contato com uma mesa proprietária, recurso que, segundo ele, ajudou a dar o impulso inicial.

“Peguei uma mesa proprietária, me alavanquei, fiz os primeiros US$25.000 e depois fui caminhar por conta própria”, explica.

Para o trader, a mesa funciona como uma ferramenta temporária de crescimento.

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“Às vezes você não tem o capital todo, então pega a mesa como um trampolim, dá um impulso e depois vai embora. Não precisa ficar lá o resto da vida. Pega, faz uma grana e vai por conta própria”, orienta.

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Escolher a mesa certa faz diferença

Melo também fez questão de alertar os traders iniciantes sobre os riscos de escolher qualquer mesa de forma impulsiva.

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Segundo ele, o mercado ainda tem estruturas pouco transparentes que operam contra o próprio participante.

“Tem muita mesa proprietária que não é boa, que te usa para fazer operação, opera contra você, e isso acaba dificultando muito a vida do trader”, adverte.

O ponto, segundo ele, é buscar empresas sólidas, com regras claras e histórico comprovado de credibilidade.

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“Da mesma forma que tem médico bom e médico ruim, tem mesa boa e mesa ruim. É preciso estudar muito a mesa antes de se juntar a ela”, reforça.

Disciplina acima da alavancagem

Mesmo reconhecendo a utilidade das mesas proprietárias para quem está começando, Melo deixa claro que o foco principal deve ser a consistência.

Para ele, a alavancagem só faz sentido se vier acompanhada de controle emocional e gestão de risco. 

Em sua trajetória, o trader aprendeu que o sucesso vem da disciplina. Segundo ele, a lição é simples: consistência não é sobre acertar todos os dias, mas saber perder com equilíbrio.

“Todo mundo tem um dia de gain, mas o problema é o dia do loss, quando a pessoa perde o controle e devolve tudo”, observa. 

Melo defende que a mesa proprietária pode ser o primeiro degrau para o trader que ainda não possui capital expressivo, mas reforça que não deve ser vista como atalho.

“A mesa pode te dar o impulso, mas não vai te ensinar a ser consistente. Isso vem da prática, da disciplina e da consciência de risco”, conclui.

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