Merkel define limites a compartilhamento de risco na zona do euro

O presidente francês insistiu que o objetivo de uma integração fiscal mais próxima ainda seria impulsionar o crescimento e o emprego para encorajar reformas

Reuters

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BRUXELAS – Líderes europeus concordaram nesta sexta-feira (14) em avançar com mais medidas para combater sua crise de dívida, mas a chanceler Angela Merkel descartou uma proposta para impulsionar o compartilhamento de risco com um fundo para ajudar os países da zona do euro em dificuldades.

A rejeição da Alemanha a uma ideia que tem forte apoio da França mostrou o potencial para mais tensões sobre o gerenciamento da crise, um dia depois de o bloco ter alcançado um acordo sobre supervisão bancária e aprovado a ajuda à Grécia.

Após mais de oito horas de negociações, líderes prometeram avançar com a organização de um mecanismo para fechar bancos problemáticos e lançaram discussões sobre como fazer com que os países se atenham às metas econômicas com a ajuda de um fundo comum.

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Mas em uma entrevista à imprensa logo cedo, Merkel deixou claro que as propostas para um fundo substancial “de absorção de choque” e um seguro desemprego comum estão descartados.

“Estamos falando de apoio ligado a melhoras na competitividade”, disse Merkel a repórteres sobre o fundo. “Estamos falando de um orçamento bastante limitado. Não bilhões com três dígitos, mais 10 ou 15 ou 20 bilhões de euros.”

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, com o apoio da França e outros países, propôs durante os preparativos da cúpula estabelecer uma “capacidade fiscal” mais ambiciosa para a zona do euro que poderia formar a base para uma emissão comum de dívida –uma ideia vista com grande ceticismo em Berlim.

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O presidente francês, François Hollande, insistiu que o objetivo de uma integração fiscal mais próxima ainda seria impulsionar o crescimento e o emprego para encorajar reformas.

Entretanto, ele se distanciou da ideia de um orçamento grande de prontidão na zona do euro para enfrentar choques econômicos extraordinários.

“Prefiro falar sobre um mecanismo de solidariedade”, disse ele em entrevista à imprensa, acrescentando que os líderes cobraram Von Rompuy para que determine os detalhes no próximo ano.