Megainvestigação sobre bancos vem à tona e ações de HSBC, Standard Chartered e mais instituições caem forte no exterior

Bancos movimentaram amplas somas de fundos ilícitos por um longo período, apesar de indícios de sua origem duvidosa

Equipe InfoMoney

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Ações do HSBC e do Standard Chartered registravam forte baixa em Londres e em Hong Kong nesta segunda-feira (21) após relatos da mídia de que os dois bancos britânicos movimentaram amplas somas de fundos ilícitos por um longo período, apesar de indícios de sua origem duvidosa.

As alegações, feitas pela BuzzFeed News em parceira com organizações noticiosas que incluem o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, pela sigla em inglês), se baseiam em documentos vazados sobre transações de mais de US$ 2 trilhões ocorridas principalmente entre 2011 e 2017.

Os documentos foram submetidos à Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN), órgão do Departamento do Tesouro dos EUA, e detalham operações supostamente ligadas a crimes financeiros, como lavagem de dinheiro.

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“Assumimos nossa responsabilidade de combater crimes financeiros de forma extremamente séria e temos investido substancialmente em nossos programas de conformidade”, disse o Standard Chartered ao The Wall Street Journal. Procurado, o HSBC ainda não se pronunciou sobre a alegação.

Os recursos ilícitos teriam sido movimentados num período de quase duas décadas, segundo a Reuters.

Na Bolsa de Londres, a ação do HSBC caía 6,09% e a do Standard Chartered recuava 5,45% nesta manhã. De acordo com o FactSet, no início do pregão, as ações do HSBC haviam caído para o menor nível em mais de 25 anos. Em Hong Kong, os papéis do HSBC e do Standard Chartered tiveram quedas respectivas de 5,33% e 6,18%, atingindo os menores níveis desde 1995 e 2002.

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A perda se alastra por outras instituições nas bolsas europeias, porém, porque também há indícios de operações ilegais semelhantes em relação a outros bancos do continente, como o Barclays (-6,57%) e o Deutsche Bank (-6,40%), por exemplo. As instituições financeiras já amargam quedas desde o início da pandemia com o aumento de provisões para sustentar os bancos durante uma possível enxurrada de inadimplência no setor.

Americanos JPMorgan Chase, Bank of America e Bank of New York Mellon, assim como da operadora de cartões American Express também foram citados.

Às 6h40, no horário de Brasília, todas as Bolsas europeias registravam perdas significativas: Londres (-3,29%), Frankfurt (-2,95%), Paris (-2,87%), Milão (-3,04%), Madri (-3,36%) e Lisboa (-1,86%).

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(Com Dow Jones e Agência Estado)