Megainvestidor George Soros volta a operar de olho em turbulência que está por vir

Bilionário começou posições vendidas para proteger seu patrimônio do que acredita ser uma forte turbulência que virá de China e Europa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O megainvestidor bilionário George Soros voltou a operar no mercado financeiro após um longo hiato, de acordo com notícia do Wall Street Journal. E o que o tirou da vida de filantropo é uma oportunidade de lucro única baseada no que ele vê como problemas que impactarão o mercado em breve.

Estes problemas estão em larga medida relacionados a questões na China e na Europa. “A China continua a sofrer de uma fuga de capital e está perdendo as suas reservas em moeda estrangeira enquanto outros países asiáticos vêm acumulando moeda internacional”, disse o megainvestidor, que ainda falou sobre conflitos internos na liderança política do PCC (Partido Comunista Chinês), levando a preocupações sobre a instabilidade política da segunda maior economia do mundo. 

Sobre a Europa, ele disse estar bastante preocupado com a possibilidade da União Europeia entrar em colapso por conta da crise migratória e das possíveis saídas da Grécia e do Reino Unido do bloco. 

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Preparado para enfrentar este suposto terremoto, o bilionário começou uma série de posições vendidas. A Soros Fund Management, que administra US$ 30 bilhões para o megainvestidor e sua família, vendeu ações e comprou ouro e participações em mineradoras auríferas, lembrando que o “vil metal” é considerado um dos portos seguros do mercado, para onde o capital dos investidores vai em momentos de muita tensão econômica ou geopolítica. 

“No passado, alguns executivos seniores comentaram como o bilionário às vezes se inseria nas operações da firma, geralmente quando o fundo sofria perdas […] Mas em anos recentes, ele não investiu muito por si mesmo. Isso mudou mais cedo este ano quando Soros começou a passar mais tempo no seu escritório fazendo trades”, diz a reportagem do jornal norte-americano. 

Soros ficou famoso em 1992 quando apostou contra a libra inglesa, em uma operação que lhe rendeu um lucro de US$ 1 bilhão.