Mario Carminatti, que liderou descoberta do pré-sal, é escolhido para diretoria da Petrobras (PETR4), diz Reuters

Na última quinta, o Conselho de Administração da estatal aprovou Prates como presidente e executivo busca conselheiros e diretores

Equipe InfoMoney

Photo by Wagner Meier/Getty Images

Publicidade

O geólogo Mario Carminatti, que liderou a descoberta do pré-sal, foi o nome escolhido pelo novo presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, para a diretoria de Exploração e Produção da companhia, segundo quatro fontes que falaram com a Reuters na condição de anonimato.

Carminatti é formado em Geologia, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e é PhD em Estratigrafia pela Universidade de Parma, na Itália. Ingressou na Petrobras em 1978, e se especializou em geologia de campo, trabalhando nas bacias no norte do Brasil. Trabalhou na divisão de interpretação da Bacia de Campos e foi coordenador de projetos de exploração em águas profundas em bacias sedimentares, tendo ocupado várias gerências ligadas à exploração.

Carminatti está em uma lista de indicações que foi discutida em reunião na véspera entre Prates e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Além do geólogo, o engenheiro Joelson Mendes, que atualmente é gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, foi apontado por Prates como diretor de Desenvolvimento da Produção, disseram as fontes.

Uma fonte confirmou ainda o nome de Maurício Tolmasquim para compor uma nova diretoria de transição energética, que possivelmente será chamada de Energias Renováveis e Descarbonização.

Todos os indicados para ocupar cadeiras na diretoria precisam ser aprovados no Conselho de Administração, após passarem por testes de integridade e elegibilidade na companhia.

Continua depois da publicidade

Eleição de Prates

Cabe destacar que, na última quinta-feira, o Conselho de Administração da estatal aprovou Prates como presidente interino da empresa até abril, quando o ex-senador petista deve ser empossado em definitivo no comando da petroleira estatal.

Consultor de energia de longa data que se tornou político, Prates foi escolhido para o comando da Petrobras pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deve liderar uma mudança estratégica para voltar a empresa a mais projetos de energia renovável e investimentos em refino.

Prates foi aprovado por unanimidade pelo conselho da estatal, onde também ocupará um assento, disse a Petrobras em comunicado ao mercado ontem.

Continua depois da publicidade

O novo CEO se encontrou na quinta-feira com Lula ainda nesta quinta para começar a discutir indicações ao conselho pela União, dentre outros temas.

Dentre os nomes cotados para a diretoria, a Reuters ainda publicou na semana passada que Sérgio Caetano Leite, antigo sócio de Prates em empresas, é cogitado para a diretoria financeira, segundo fontes ouvidas pela agência.

As ações da estatal registram queda desde quinta-feira, uma vez que os mercados temem que Prates mude drasticamente a política de preços de combustíveis da empresa, que atualmente segue indicadores internacionais, como câmbio e preços globais do barril do petróleo, e que já foi criticada por Lula diversas vezes.

Publicidade

Analistas, no entanto, não acreditam em uma mudança imediata nos rumos da política de preços.

Além de limitações previstas em estatuto para que a Petrobras contribua com políticas públicas, uma ruptura brusca na trajetória de preços de diesel e gasolina atualmente poderia desequilibrar o mercado e causar riscos de desabastecimento, uma vez que o país é muito dependente das importações desses produtos.

Prates vem defendendo o fim da aplicação da paridade de importação para a formação dos preços da petroleira, mas diz que a empresa ainda assim seguirá indicadores internacionais. Também já declarou anteriormente que o governo Lula não adotaria uma abordagem agressivamente intervencionista na Petrobras.

Continua depois da publicidade

Os investidores também questionam a futura política de dividendos da empresa, já que a Petrobras fez grandes pagamentos nos últimos trimestres –volumes maiores que gigantes globais do setor– e Prates já afirmou que a empresa é de longo prazo e que e não poderia ficar apenas explorando o pré-sal e distribuindo dividendos, sem pensar no que outras petroleiras estão fazendo.

Prates substituiu o diretor executivo de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen, que atuava também como CEO interino desde 4 de janeiro, depois que Caio Paes de Andrade renunciou ao cargo de alto executivo.

(com Reuters)