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SÃO PAULO – Os resultados financeiros das empresas brasileiras vêm mostrando evolução nos últimos 11 anos, fato que reflete na evolução das margens líquidas das companhias, que tiveram um aumento médio de 8,1% entre 2000 e 2010, segundo estudo do Instituto Assaf.
“Mediante o momento econômico pelo qual o Brasil atravessa, as empresas, de um modo geral, conseguiram aumentar suas receitas. As companhias estão ‘otimizando os espaços’, administrando suas despesas operacionais de uma forma mais eficiente, adequando a produção para atender melhor as necessidades de seus clientes, com um custo menor e repassando isso para seus preços finais”, constata Fabiano Guasti Lima, pesquisador do instituto.
A média das margens líquidas das empresas brasileiras atingiu seu maior patamar – no período analisado – em 2010, quando alcançou a marca de 12,5%, com um avanço de 1,8 ponto percentual se comparado ao ano anterior.
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Fatores preponderantes
A queda dos custos de bens e serviços vendidos entre 2009 e 2010, de 64% de suas receitas para 62,6% e o aumento de 17,6% do faturamento das companhias no mesmo intervalo de tempo, frente o avanço de 15,1% dos custos, foram apontados como alguns dos responsáveis pela evolução das margens líquidas da empresas no período.
O instituto também citou como outros fatores importantes o recuo de 1,2 ponto percentual das despesas com vendas e administrativas para 16,5%, além do fato de que, embora as despesas financeiras tenham aumentado em 5,2%, a porcentagem das receitas reduziu de 8,3% para 7,5%.
As despesas financeiras aumentaram por conta da evolução das taxas de juros, o que se traduz em empréstimos mais caros, segundo Lima. “Entretanto, as empresas estão conseguindo negociar melhor seus empréstimos para longo prazo e se ajustando à nova realidade do mercado brasileiro”, constata o pesquisador.
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Destaques positivos e negativos
Entre os setores de maior destaque em relação à evolução das margens líquidas, estão o de mineração, com margem líquida média de 25,19%, seguido pelos de extração e distribuição de petróleo (13,46%) e siderurgia (13,12%). Já na contramão, com os maiores prejuízos estão os setores de hotelaria (-12,03%), lazer, cultura e entretenimento (-10,67%) e ferrovia (-10,18%).
Setores com maiores avanços, em média, das margens líquidas entre 2000 e 2010:
| Setor | Margem Líquida Média |
|---|---|
| Mineração | 25,19% |
| Extração e Distribuição de Petróleo | 13,46% |
| Aço (Siderurgia) | 13,12% |
| Cimentos e Agregados | 12,62% |
| Concessionária de Transporte | 11,94% |
| Papel e Celulose | 10,97% |
| Fonte: Instituto Assaf | |
Setores com piores prejuízos no mesmo período:
| Setor | Margem Líquida Média |
|---|---|
| Hotelaria | -12,03% |
| Lazer, Cultura e Entretenimento | -10,67% |
| Ferrovia | -10,18% |
| Softwares, Serviços Computacionais | -5,27% |
| Vestuário | -3,02% |
| Serviços de Transportes | -1,99% |
| Fonte: Instituto Assaf | |