Marfrig troca CEO, petróleo acima de US$ 71, divergências sobre fusão de Fibria e Suzano e outras notícias

Confira os destaques corporativos desta terça-feira

Weruska Goeking

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Os preços do petróleo sobem 2% com a interrupção de produção no Golfo do México com a aproximação de uma tempestade, a fusão entre Fibria e Suzano segue em dúvida com divergência de opiniões entre duas das maiores empresas especializadas em orientar votos de acionistas de companhias abertas e outras notícias estão no radar corporativo desta terça-feira (4). Confira:

Petrobras (PETR3; PETR4)

Os preços do petróleo do tipo WTI sobem e passam de US$ 71 à medida que a Anadarko Petroleum Corp evacua e interrompe a produção em duas plataformas de petróleo no Golfo do México antes da aproximação da Tempestade Gordon. 

Os mercados globais de petróleo estão pressionados desde o mês passado, resultando na elevação dos preços do Brent em mais de 10% desde meados de agosto. Os investidores antecipam a menor oferta da commodity pelo Irã, uma vez que as sanções dos Estados Unidos contra Teerã começam a ter efeito. 

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“Os preços podem chegar a US$ 80 ou mais no curto prazo”, disse o Barclays, em relatório. Para 2020, o banco estima que o Brent atinja, em média, US$ 75 o barril, acima da previsão anterior de US$ 55.

Além da influência do preço do petróleo nos mercados internacionais, a Petrobras tem outras novidades em seu radar. Segundo o jornal Valor Econômico, a estatal está em fase final de negociação com a chinesa CNPC para sacramentar uma parceria estratégica nas áreas de produção de petróleo e refino. O gerente-executivo de logística da estatal brasileira, Claudio Mastella, espera que o acordo seja fechado ainda neste ano. 

Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB3)

O jornal Valor Econômico traz a informação de que duas das maiores empresas especializadas em orientar votos de acionistas de companhias abertas emitiram recomendações divergentes para os investidores de Fibria sobre a operação de fusão com a Suzano Papel e Celulose.

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Enquanto a ISS (Institutional Shareholder Services) recomendou, na semana passada, voto contrário à proposta firmada entre os  controladores das companhias, a Glass Lewis orientou os acionistas da Fibria, 10 dias antes, a aprovar a operação na assembleia geral extraordinária marcada para 13 de setembro.

A orientação dessas empresas são usadas para a votação por procuração (“proxy voting”) por parte de investidores, principalmente estrangeiros, que têm posição passiva ou não possuem estruturas para analisar as transações.

Entre os argumentos que a ISS usou para não recomendar o apoio à operação está a avaliação de que o prêmio oferecido para os minoritários da Fibria está abaixo dos padrões de mercado. Não há menção por parte da empresa de orientação de voto à estrutura da operação, que é o foco do questionamento de minoritários.

A XP Research lembra que alguns acionistas minoritários tem pedido a postergação da assembleia geral extraordinária alegando a inconformidade na transação. Em paralelo, agências internacionais que orientam votos de acionistas minoritários divergem sobre recomendação de apoio ou não à transação.

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Marfrig (MRFG3)

 A Marfrig anunciou a escolha do executivo Eduardo Miron como seu novo presidente executivo. Miron substitui Martín Secco, que desde 2015 esteve à frente da companhia. A partir de agora, a Marfrig será composta por duas operações: América do Sul, responsável pela operação no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, e América do Norte, que engloba os negócios da National Beef e a fábrica de hambúrguer, em North Baltimore.

“Nós acreditamos que a notícia é neutra. Em nossa opinião, considerando o peso atual da National Beef nos resultados da Marfrig, faz sentido nomear o Sr. Miron dado seu histórico nas divisões internacionais da empresa. Os CEOs de ambas as divisões têm uma grande experiência operacional e acreditamos que, no local do CEO, o perfil financeiro do Sr. Miron (e menos operacional) é adequado ao de uma holding”, avalia o analista do Itaú BBA, Antonio Barreto, em relatório. 

Direcional (DIRR3)

A Direcional aprovou a distribuição de dividendos intermediários, no valor total de R$ 90 milhões, valor equivalente a R$ 0,6128784 por ação. Os dividendos serão pagos com base na posição acionária de 1 de outubro. Desse modo, as ações de emissão da Companhia passarão a ser negociadas ex-dividendos, a partir de 2 de outubro.

J&F

Segundo documentos vistos pela Reuters, um juiz decidiu na semana passada que uma disputa entre a J&F, controladora da JBS (JBSS3) e a fabricante holandesa Paper Excellence sobre a compra da fabricante de celulose Eldorado deve ser resolvida em arbitragem e as empresas não podem vender suas participações até que o processo seja concluído.

Numa ação judicial, a Paper Excellence, controlada pelos proprietários da Asia Pulp & Paper, da Indonésia, pediu liminar para concluir a aquisição da Eldorado, controlada pela J&F. A J&F e a Paper Excellence discordam sobre como as dívidas detidas pela Eldorado deveriam ser pagar para permitir a conclusão do negócio.

Via Varejo (VVAR11)

A Via Varejo aprovou migração para o Novo Mercado, segmento com o nível de governança corporativa mais alto da B3. Com isso, os papéis preferenciais serão convertidos ordinários, na proporção de 1 ação preferencial para 1 ação ordinária.

“Vemos a iniciativa como positiva e alinhada com as principais métricas de governança”, avalia o time de análise da XP Research, quem mantém recomendação de compra da ação, com preço alvo de R$ 25.

“A migração para o Novo Mercado não deve ter nenhum impacto adicional nas ações da Via Varejo, pois os investidores aguardam notícias sobre a venda do controle da empresa e questionam se seus acionistas controladores venderiam sua participação através de uma oferta à mercado”, afirmam os analistas do Brasil Plural.

Rumo (RAIL3), JSL (JSLG3) e Randon (RAPT4)

O governo brasileiro deve anunciar a nova tabela de preço mínimo de frete rodoviário na quarta-feira (5), mas os ajustes devem ficar abaixo do aumento de 13% nos preços do diesel. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) acompanhará a aplicação dos preços a partir desta semana.

Segundo os analistas do Bradesco BBI, o novo aumento nos custos logísticos poderia acelerar ainda mais a mudança dos transportes de grãos de rodovia para ferrovia, beneficiando a Rumo. A Randon, por sua vez, poderia desfrutar de uma demanda maior de empresas que estão pensando em aumentar ou ter sua própria frota de caminhões. Por fim, o Bradesco BBI acredita que a JSL também pode se beneficiar, uma vez que pode fornecer serviços logísticos ou alugar caminhões para empresas.

Estácio (ESTC3), Kroton (KROT3) e Ser Educacional (SEER3)

De acordo com o jornal Valor Econômico, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Ministério da Educação estão avaliando a criação de uma linha de crédito de R$ 2 bilhões voltada para o ensino superior. O financiamento, que ainda precisa ser aprovado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), fará parte do programa FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e deverá oferecer taxas indexadas à TLP (Taxa de Longo Prazo).

“Consideramos esta possibilidade positiva para as empresas que operam no ensino superior, uma vez que a situação fiscal do país levou à redução do FIES nos últimos anos”, afirma a XP Research.

AES Tietê (TIET11)

A companhia informou a aquisição da totalidade das ações representativas do capital social de 5 sociedades de propósito específico, compondo o Complexo Solar Guaimbê, todas subsidiárias da Cobra Brasil Serviços,
Comunicações e Energia.

O investimento original antes de ajustes de working capital era de R$ 650 milhões. Após os ajustes de working capital, o investimento foi de R$ 607 milhões, composto por: i) aquisição das ações representativas do capital
social das SPEs no montante de R$ 137 milhões, ainda sujeitos a ajustes usuais em operações dessa
natureza, o que as partes esperam que ocorra em 45 dias após a data do fechamento da operação,
pagos com recursos disponíveis em caixa; e ii) R$ 470 milhões subscritos sob a forma de debêntures
emitidas pelas SPEs e adquiridas pela companhia. 

Com 150 MW de capacidade instalada e PPA de 20 anos, Guaimbê é o primeiro grande investimento
em energia solar no estado de São Paulo. O complexo já está  em operação comercial e tem
projeção de acréscimo de ebitda anual, já atualizado por inflação, no intervalo entre R$ 75 milhões
e R$ 85 milhões para o resultado consolidado da companhia.

BR Malls (BRML3), Multiplan (MULT3), Aliasnce (ALSC3) e Iguatemi (IGTA3)

O time de análise do Credit Suisse elevou a recomendação para o BR Malls de neutro para outperform (o equivalente a compra), com preço alvo de R$ 12,5, um potencial de alta de 37% ante o pregão da véspera. Segundo os analistas, o case de investimento em BR Malls “parece bem mais atrativo agora do que no passado, com management alinhado, alavancagem baixa e empresa long CDI”. 

O Credit Suisse também elevou de neutra para outperform a recomendação para Multiplan, com preço-alvo de R$ 23,50 e potencial de valorização de 26%. Segundo os analistas, a empresa é a melhor posicionada para entregar crescimento real em alugueis, o que já vem ocorrendo. “Olhando para uma janela de 10 anos, a empresa entregou o maior número de vendas nas mesmas lojas entre os pares. Além disso, o prêmio de Multiplan ante os concorrentes está abaixo dos níveis históricos”, escrevem os analistas em relatório.

A recomendação para Aliansce também foi elevada de neutra para outperform, com preço-alvo de R$ 19,50 e potencial de alta de 29%. Para o Credit, a Aliansce tem feito um “bom trabalho” para reduzir os custos de condomínio durante o ultimo ciclo e é a unica empresa coberta pelo banco que conseguiu entregar queda nominal de opex (capital para manter ou melhor os bens físicos) desde 2015. Além disso, é uma das poucas empresas com gatilhos de curto prazo, com a fusão com Sonae e venda do Boulevard Corporate Tower. 

Já a Iguatemi teve sua recomendação cortada para neutra, com preço-alvo de R$ 35,5, com potencial de alta de 16%. Para o Credit, as ações de Iguatemi tem mostrado desempenho acima da média do setor desde o início de 2016, com retorno de cerca de 75% ante 40% dos pares, devido a estratégia de corte de custos, maior alavancagem exposta ao CDI em um período de alivio monetário e receitas fortes de revenda de ponto. “No entanto, não vemos estes fatores ajudando da mesma maneira que ajudaram no passado, o que pode levar a um pouco mais de risco”, dizem os analistas.

OI (OIBR4)

A Oi protocolou na (SEC) Securities and Exchange Commission, órgão regulador dos mercados nos Estados Unidos, os documentos para a oferta de até US$ 971,1 milhões em ações ordinárias, prevista em seu plano de recuperação judicial. As ações serão ofertadas para todos os detentores de ações ordinárias ou preferenciais da Oi, incluindo os detentores deAmerican Depositary Shares. Ainda não há definição sobre o número de ações ordinárias a serem ofertadas, preço de emissão e número de ações que cada acionista poderá subscrever.

Gol (GOLL4)

O Plenário da Câmara dos Deputados terá sessão deliberativa e consta da pauta, entre outras matérias, o Projeto de Lei 2.724/15, que permite ao capital estrangeiro controlar empresas aéreas com sede no país.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR4)

O jornal Valor Econômico informa que o Assaí começará a vender máquinas de terminal de pagamentos sob o nome de “Passaí”. O projeto será lançado na próxima semana em lojas selecionadas do Assaí em São Paulo e até novembro deve estar disponível em 130 lojas. A máquina estará disponível primeiramente para clientes do Assai, composto por pequenas e médias empresas, e planeja expandir para o público em geral em 2019.

As máquinas serão vendidas em 12 parcelas e contarão com um sistema de cashback, com 10% da taxa de administração de cada venda sendo devolvida como crédito a ser utilizado nas lojas do Assaí, sendo os custos de cashback cobertos exclusivamente pela Itaú Financeira. “Vemos esse move como positivo, já que o sistema cashback apresenta um grande incentivo para os clientes do Assaí se manterem fiéis à marca e, consequentemente, aumentarem as vendas e a recorrência”, avalia o BTG Pactual.

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