Marfrig (MRFG3) é cortada pelo Itaú BBA e BofA rebaixa Caixa Seguridade (CXSE3): confira mais recomendações de destaque

Já o Credit Suisse cortou o preço-alvo para a Qualicorp, enquanto o Bradesco BBI elevou o preço-alvo para a CPFL

Equipe InfoMoney

Feitos com vegetais, os hambúrgueres "plant based" replicam sabor e visual da carne (Sean Gallup/Getty Images)

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A sessão desta sexta-feira (1) está sendo movimentada, com diversas recomendações de mercado, como o Itaú BBA reduzindo a recomendação para a Marfrig (MRFG3).

Já o Bradesco BBI elevou o preço-alvo para a CPFL (CPFE3), enquanto a cobertura para seguradoras foi revisada pelo Bank of America, com a Caixa Seguridade (CXSE3) tendo sido rebaixada pelo banco. O Credit Suisse, por sua vez, cortou o preço-alvo para a Qualicorp (QUAL3), mantendo recomendação neutra, destacando que a empresa “está andando em círculos”.

Confira as principais recomendações:

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Marfrig (MRFG3) é cortada pelo Itaú BBA

Os analistas do Itaú BBA reduziram a recomendação para as ações da Marfrig de outperform (desempenho acima da média do mercado) para marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) e mantiveram recomendação outperform para JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3).

Segundo o BBA, o corte de recomendação para Marfrig, apesar das métricas operacionais de curto prazo ainda sólidas, ocorreu pois há incertezas de médio prazo aumentando sobre a queda nas margens da América do Norte. O preço-alvo é de R$ 26 para os ativos, ainda um potencial de alta de 21,5%.

No caso de JBS, a preferida do BBA, os analistas apontam que há “sólida relação de conversão de Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] para o fluxo de caixa da empresa e há uma presença operacional diversificada, que deve ser capaz de compensar a tendência subjacente negativa na lucratividade da carne bovina dos EUA”. O preço-alvo é de R$ 54, ou potencial de valorização de 45% em doze meses.

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Já para a Minerva, a visão positiva é baseada “principalmente na melhora esperada na oferta de gado brasileiro até o final de 2022 e em um momento convincente, após alguns anos de restrições de oferta de gado no Brasil”. Com um preço-alvo de R$ 16, o upside é de 27%.

CPFL (CPFE3) tem preço-alvo elevado pelo Bradesco BBI

O Bradesco BBI reiterou recomendação outperform para a ação da CPFL e elevou o preço-alvo de R$ 35 para R$ 39, ou um potencial de alta de 21% em relação ao último fechamento.

Os analistas apontam que, independentemente do rali de preços de 21% no acumulado do ano da CPFL, ainda estimam uma Taxa Interna de Retorno (TIR) alavancada real atrativa de 8,6%. Também destacam o dividend yield (relação entre o valor de dividendo e o preço da ação) alto e sustentável da CPFE3, que estimam em 10,8% em 2022 e 11,3% em 2023, o maior da cobertura do banco, que deve continuar atraindo investidores de renda para comprar CPFL.

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Os fundamentos permanecem sólidos, avaliam os analistas, com (i) o opex (despesas de manutenção) de suas distribuidoras subindo perto da inflação do IPCA, mas a receita controlável subindo com a inflação pelo IGP-M, muito alta em 2021; (ii)
provável menor exposição a clientes saindo para o mercado “livre”; e (ii) seu negócio de geração com menos capacidade não contratada, o que significa menor exposição a, por exemplo, tarifas de eletricidade de longo prazo mais baixas.

Qualicorp (QUAL3): Credit reduz preço-alvo

Para o Credit Suisse, a Qualicorp está “andando em círculos”. Os analistas mantêm recomendação neutra, mas cortaram o preço-alvo de R$ 27 para R$ 18, ainda um potencial de alta de 12% em relação ao último fechamento.

Analistas do banco avaliam que a estagnação dos beneficiários persistiu ao longo de 2021 devido ao alto índice de cancelamento dos clientes (churn), mesmo com despesas comerciais muito maiores. “Ainda há um nível relevante de incerteza sobre se poderá reverter essa dinâmica desfavorável”, disseram.

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A redução leva em conta um custo de capital maior, dada a incerteza sobre o crescimento dos beneficiários por afinidade; a manutenção do alto churn apesar de maiores despesas comerciais para mais adições brutas, refletidas em adições líquidas de afinidade modestas para os anos seguintes (abaixo de 5% ao ano); e a continuação do fenômeno de trade-down, levando a um aumento do tíquete médio abaixo da inflação.

BofA rebaixa recomendação de Caixa Seguridade (CXSE3

O Bank of America reduziu a recomendação de Caixa Seguridade (CXSE3) de compra para neutra, enquanto o preço-alvo caiu de R$ 13 para R$ 10, ainda um potencial de alta de 12,5%.

Antes, a recomendação era de compra e o rebaixamento incorpora um menor crescimento de prêmios em prestamista, principal fonte de receita de corretagem. “O principal risco para nossa projeção é a implantação de outro programa de crédito do governo federal (Pronampe), embora a demanda possa ser pressionada pelas altas taxas de mercado”, explica.

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A redução da classificação e do preço-alvo reflete as novas estimativas de ganhos e um beta maior. “Por outro lado, a CXSE oferece um rendimento de dividendos atraente (de 9%) e ainda deve apresentar um forte crescimento de lucro por ação de 36% em 2022”, ressalva o BofA.

Por outro lado, o BofA reiterou a recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para Porto Seguro (PSSA3), mas reduziu preço-alvo de R$ 22 para R$ 21, ou um potencial de alta de 1,65% em relação ao último fechamento.

Os resultados da Porto Seguro devem continuar pressionados pela alta de sinistros de automóveis, que deve atingir uma alta histórica no 1T22, lembra o BofA. Além disso, os resultados financeiros devem ser impactados pela reclassificação dos títulos da carteira de investimentos.

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“A repactuação bem-sucedida do produto automotivo nos tornaria mais construtivos em relação à ação, embora estejamos preocupados que possa ser limitado pela concorrência e pelo ambiente macro frágil”, explica o BofA.

Os analistas do BofA seguem com recomendação de compra para a ação BBSE3, com preço-alvo de R$ 31, o que oferece um potencial de valorização de 22%, vendo um valuation mais atrativo.

“Esperamos que o crescimento do lucro seja limitado no 1T22 devido às perdas rurais mais altas devido às fortes correntes de ar no início do ano. No entanto, achamos que o impacto no resultado final deve ser mitigado pelo alto resseguro”, apontam os analistas.

Ainda esperamos que a companhia entregue 32% de crescimento de lucro em 2022, apoiado por: i) normalização dos sinistros relacionados à Covid, ii) redução da diferença entre os índices de inflação IGP-M e IPCA, e iii) maiores retornos sobre os investimentos em função das taxas de mercado mais altas.

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