Marfrig lucra R$ 279 milhões e reverte prejuízo graças a operação dos EUA

Segundo a administração da empresa, os efeitos da pandemia do novo coronavírus persistiram durante o primeiro trimestre de 2021

Ricardo Bomfim

Preço da carne bovina foi destaque de alta no mês

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SÃO PAULO – A Marfrig (MRFG3) reportou um lucro líquido de R$ 279 milhões no primeiro trimestre de 2021, número abaixo dos R$ 470 milhões projetado pelos analistas de mercado segundo dados compilados pela Refinitiv, porém que representa o melhor trimestre da história da empresa.

Com o resultado, o frigorífico reverteu o prejuízo de R$ 137 milhões do mesmo período do ano anterior.

Já o Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações) da Marfrig foi de R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses deste ano, o que representa um crescimento de 39,7% em relação ao início de 2020. Os analistas esperavam um Ebitda de R$ 1,72 bilhão.

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A receita líquida, por sua vez, atingiu R$ 17,2 bilhões, um crescimento de 27,7% na base anual de comparação e acima dos R$ 16,59 bilhões estimados pelo mercado.

Segundo a administração da empresa, os efeitos da pandemia do novo coronavírus persistiram durante o primeiro trimestre de 2021 em diferentes estágios ao redor do mundo e impactaram de maneiras distintas a dinâmica do setor de carne bovina.

“A diversificação geográfica da Marfrig, aliada à uma estratégia de crescimento em produtos industrializados e de maior valor agregado, e à execução assertiva do plano de eficiência operacional nas unidades da América do Sul se mostraram efetivas e garantiram um crescimento de 28% na receita líquida”, destacou a companhia.

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O grande destaque ficou com a operação da Marfrig nos EUA, que em meio à vacinação em massa e aos estímulos econômicos aqueceu a demanda por carne bovina no país. “O volume de abate de 6,4 milhões de cabeças no trimestre foi praticamente estável em comparação ao mesmo período de 2020. Em contrapartida, o custo de gado foi 4,8% menor comparado ao primeiro trimestre de 2020, o que levou a rentabilidade do setor a patamares recordes para um primeiro trimestre.”

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.