Marca de roupas Maria Filó é acusada de racismo e retira estampa das lojas; entenda

Em post publicado em seu perfil do Facebook na última quinta-feira (13), Tâmara Isaac afirma que “é uma estampa de escravas entre palmeiras”

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – A marca de roupas Maria Filó retirou uma das estampas utilizadas em sua coleção “Pindorama” após internautas acusarem a marca de promover o racismo através da estampa, que representaria a escravidão no período colonial brasileiro.

A crítica à marca foi feita por Tâmara Isaac, que trabalha em uma ONG de Defesa do Consumidor. Em post publicado em seu perfil do Facebook na última quinta-feira (13), Tâmara afirma que “é uma estampa de escravas entre palmeiras”. A empresa respondeu à acusação afirmando que a estampa foi inspirada em obras do pintor francês Debret, famoso pór ter retratados cenas do Brasil colonial.

“É uma escrava com um filho nas costas servindo uma branca? Perguntei à vendedora se aquela estampa tinha alguma razão de ser ou se era só uma estampa racista mesmo. Ela, me dirigindo à palavra pela primeira vez, não soube responder”, escreveu a consumidora em seu Facebook. Ela continua afirmando que pesquisou sobre a estampa no site da marca, mas não encontrou nenhuma informação.

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A publicação de Tâmara viralizou nas redes sociais e levou outras pessoas a protestarem contra a estampa utilizada. A marca se pronunciou também através de sua página no Facebook: “A estampa em questão buscou inspiração na obra de Debret. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender. Pedimos sinceras desculpas e informamos que já estamos tomando as devidas providências para que a estampa seja retirada das lojas”.

Essa não é a primeira vez que a Maria Filó se envolve em polêmicas: no ano passado, uma funcionária grávida divulgou um comentário feito pelo dono da marca, Alberto Osório, que teria dito à gestante que demitiria as mulheres e as substituiria por funcionários gays, que não engravidam. O ocorrido também gerou polêmica na internet e, na época, a empresa alegou que não passou de um “tom brincalhão” do diretor da empresa.