Maiores bancos de Wall Street alertam: há risco crescente de recessão global

Isso poderia  começar dentro de nove meses se o presidente Donald Trump impuser tarifas de 25% sobre mais exportações chinesas avaliadas em US$ 300 bilhões e Pequim decidir retaliar, destaca o Morgan Stanley

Bloomberg

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(Bloomberg) — Os maiores bancos de Wall Street começam a alertar investidores sobre os crescentes riscos de recessão devido à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Uma recessão global poderia começar dentro de nove meses se o presidente Donald Trump impuser tarifas de 25% sobre mais exportações chinesas avaliadas em US$ 300 bilhões e Pequim decidir retaliar, segundo o Morgan Stanley. Já o JPMorgan Chase disse que a probabilidade de uma recessão nos EUA no segundo semestre deste ano subiu para 40% em relação aos 25% há um mês.

“Conversas recentes com investidores reforçaram a sensação de que os mercados estão subestimando o impacto das tensões comerciais”, escreveu em relatório Chetan Ahya, economista-chefe do Morgan Stanley. “No geral, investidores acreditam que a disputa comercial pode se arrastar por mais tempo, mas parecem estar ignorando seu possível impacto sobre a perspectiva macro global.”

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Tais alertas podem dar o tom aos mercados financeiros e influenciar a reunião dos ministros das Finanças do Grupo dos 20 esta semana no Japão. A expectativa de uma acentuada desaceleração da economia mundial foi destacada na segunda-feira por fracos indicadores do setor de manufatura em toda a Ásia.

“O crescimento pode desacelerar abaixo da tendência para o resto do ano”, segundo relatório do economista-chefe do JPMorgan, Bruce Kasman, e sua equipe.

Outro alerta vem do Goldman Sachs Group, onde economistas afirmam que agora esperam que os EUA imponham tarifas de 10% sobre os US$ 300 bilhões em mercadorias da China e também sobre todos os produtos mexicanos. O banco reduziu sua previsão de crescimento nos EUA para o segundo semestre em cerca de meio ponto percentual, para 2%, e disse que vê uma maior probabilidade de corte na taxa de juros do Federal Reserve.

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“Embora seja algo provável, a perspectiva ainda não mudou o suficiente para que os cortes se tornem nossa previsão base”, disseram analistas do Goldman, liderados pelo economista-chefe Jan Hatzius, em nota.

Analistas do Citigroup recomendaram que investidores comprem bônus do Tesouro dos EUA, destacando que a última vez que o panorama da economia mundial era parecido ao atual, no início de 2016, o período foi seguido por uma desaceleração significativa em todo o mundo.

“Esse episódio pode proporcionar um modelo útil para os próximos meses”, disse Mark Schofield, diretor de estratégia macro do Citigroup. “A economia dos EUA tem sido resiliente até agora, no entanto, temas persistentes de suavização dos ventos favoráveis sob a forma de declínio do estímulo fiscal e fortalecimento dos ventos contrários na forma de tensões comerciais e desaceleração da China são uma ameaça.”

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