Maior hedge fund em bolsa alerta para perdas de emergentes

Gestor do Man Group disse que países em desenvolvimento estão prestes a pagar o preço por suas crescentes dívidas desde a crise financeira de 2008

Bloomberg

(Getty Images)

(Bloomberg) — A turbulência que atinge ativos de mercados emergentes pode piorar, de acordo com a maior empresa de hedge fund listada do mundo.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Guillermo Osses, gestor de recursos do Man Group, disse que países em desenvolvimento estão prestes a pagar o preço por suas crescentes dívidas desde a crise financeira de 2008. Muitos mercados emergentes agora não dispõem de espaço fiscal para estimular economias da mesma maneira que suas contrapartes mais industrializadas, escreveu em relatório.

Ao mesmo tempo, o aumento dos novos casos de Covid-19 em países como Brasil, Rússia, Índia e África do Sul pode obrigar que as medidas de quarentena fiquem em vigor além do previsto.

“Acreditamos que, nos próximos meses, esses índices insustentáveis de dívida/PIB piorarão significativamente como consequência do enfraquecimento da atividade econômica”, disse Osses, chefe de estratégias de dívida de mercados emergentes.

O fundo Man GLG Global Emerging Markets Debt Total Return, com ativos de US$ 1,5 bilhão que Osses ajuda a administrar, acumula retorno de 9,8% neste ano, superando 99% dos pares, segundo dados compilados pela Bloomberg. É um dos poucos portfólios dedicados a países em desenvolvimento com mais de US$ 1 bilhão sob gestão que não perdeu dinheiro neste período. Osses e a colega Lisa Chua têm soado o alarme sobre riscos de mercados emergentes nos últimos anos e adotam uma abordagem mais defensiva nas alocações.

Em crises anteriores, o governo de Pequim ofereceu apoio a países em desenvolvimento, algo improvável que aconteça desta vez, já que a segunda maior economia do mundo também está abalada. O consumo de carvão na China, as vendas de imóveis e o tráfego de veículos estão em níveis mais baixos em comparação com o ano passado.

“É improvável que a China venha em socorro”, escreveu Osses.

Quer viver do mercado financeiro ou ter renda extra? Experimente de graça o curso do Wilson Neto, um dos melhores scalpers do Brasil