Maior gestora do mundo reforça Brasil como maior “overweight” após forte queda

Nem mesmo a incerteza eleitoral freia visão positiva da BlackRock

Bloomberg

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(Bloomberg) — A maior gestora de recursos do mundo aumentou sua aposta na recuperação dos ativos brasileiros depois de um dos piores trimestres nos últimos anos.

“Continuamos com uma visão positiva sobre o Brasil e adicionamos recentemente às nossas posições, reforçando o Brasil como nosso maior overweight”, disse William Landers, diretor da BlackRock Inc., em Nova York, em entrevista na última sexta-feira.

O Ibovespa recuou 15% no segundo trimestre do ano, registrando sua maior queda trimestral desde 2015, penalizado pela perspectiva de uma política monetária mais apertada nos EUA e pelo aumento dos problemas domésticos. O Brasil teve um dos seus piores desempenhos em relação ao índice de mercados emergentes de todos os tempos, de acordo com Landers.

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“Não achamos que isso seja justificado”, diz ele. O real caiu 15% durante o segundo trimestre e liderou as perdas de moedas emergentes ao lado do peso argentino, que caiu mais de 30%.

Apesar da grande incerteza sobre o resultado das eleições gerais do Brasil em outubro, Landers ainda suspeita que um candidato com uma agenda populista terá muita dificuldade para vencer a disputa. “Um candidato do centro ou mesmo de direita provavelmente daria continuidade à agenda de reformas e permitiria que o Brasil continuasse em seu caminho de recuperação”, disse ele.

Com as pesquisas de opinião ainda refletindo baixo apoio aos nomes de centro, preocupações de que o próximo presidente pode não avançar com as reformas fiscais estavam entre os fatores que impulsionaram o CDS brasileiro de 5 anos para o nível mais alto desde 2015. “A reforma previdenciária é uma obrigação para o novo governo a fim de lidar com os desequilíbrios fiscais e com os crescentes níveis de endividamento do Brasil”, disse Landers.

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Embora a perspectiva de crescimento econômico tenha sido prejudicada por uma greve de caminhoneiros que resultou em escassez de alimentos e combustível, pelo menos a maior economia da América Latina ainda terá o apoio de juros baixos, segundo Landers.

“O Banco Central será capaz de manter as taxas em níveis históricos baixos, o que ajudará na recuperação em curso, ainda que lenta”, disse ele.

Também poderia haver espaço para o real apreciar, disse Landers.

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