Macron convoca G7 para discutir queimadas na Amazônia

Em um tweet, Macron disse que a questão deve estar no topo da agenda de uma reunião de cúpula marcada para começar neste fim de semana

Equipe InfoMoney

Publicidade

O presidente da França, Emmanuel Macron, quer que países do G7 discutam o que ele descreveu como uma emergência na floresta amazônica.

Em um tuíte, Macron disse que a questão deve estar no topo da agenda de uma reunião de cúpula marcada para este fim de semana.

“Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão de nosso planeta, que produz 20% de nosso oxigênio, arde em chamas. É uma crise internacional”, escreveu o presidente francês. “Membros do G7, vamos nos encontrar daqui a dois dias para falar dessa urgência!”, completou Macron.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Presidentes das sete maiores economias do mundo se reúnem entre sábado e domingo para debaterem diferentes assuntos. Fazem parte do grupo Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Mais cedo, também no Twitter, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que está “profundamente preocupado” com os incêndios na Floresta Amazônica.

“No meio da crise climática global, nós não podemos esperar mais prejuízos à maior fonte de oxigênio e biodiversidade. A Amazônia deve ser protegida”, disse o secretário-geral.

Continua depois da publicidade

A política ambiental do Brasil tem sofrido críticas após dados do Inpe mostrarem um aumento no número de queimadas em 2019.

Bill de Blasio, prefeito de Nova York, também se pronunciou na rede social. Ele, que já havia criticado Bolsonaro ao chamá-lo de um “ser humano perigoso”, disse que a Amazônia, as comunidades indígenas e “o planeta inteiro” estão correndo risco devido às queimadas.

Resposta brasileira
Na tarde de hoje, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, rebateu as declarações estrangeiras dizendo que países europeus usam o discurso ambientalista como forma de estabelecer barreiras à produção brasileira.

“Nós não podemos ser ingênuos. Os europeus usam questão do meio ambiente por duas razões: a primeira, para confrontar os princípios capitalistas. Porque desde que caiu o Muro de Berlim e fracassou a União Soviética, uma das vertentes para as quais a esquerda europeia migrou foi a questão do meio ambiente. E a outra coisa, para estabelecer barreias ao crescimento e ao comércio brasileiro de bens e serviços”, disse após participar de evento.

Segundo o ministro essa estratégia já foi usada no passado e as informações sobre a floresta usadas pelos países estrangeiros são exageradas.

“Desmata, sim, mas não no nível e no índice que é dito. Além do que nós vamos esquecer que durante os anos 1980, 1990 e 2000 a febre aftosa foi usada como mecanismo de proteção para o mundo para evitar exportações de carne e grãos brasileiros?”, questionou. “O Brasil cuida e muito bem do seu meio ambiente”, completou.

Já Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, disse em evento em São Paulo que o Brasil precisa mostrar de forma clara que enfrentará o desafio de combater as queimadas. 

“De onde vem o problema, quem está certo, não é o mais importante; o mais importante é preservar as nossas florestas, o nosso meio ambiente, punir aqueles que insistem em degradar a nossa floresta”, afirmou. Ele ainda prosseguiu: “é preciso dar uma solução para que o Brasil não sofra sanções, inclusive na comercialização dos produtos do agronegócio”. 

Maia ainda afirmou acreditar que em conjunto, conseguirão fazer com que o Brasil continue avançando e tendo respeito das outras nações em área tão sensível como o meio ambiente.

(Com Bloomberg e Agência Brasil)